A marca, dos franceses François-Ghislain Morillion e Sébastien Kopp, fabrica os tênis no Brasil usando a borracha extraída das seringueiras do Acre e o algodão orgânico plantado por pequenas comunidades do Ceará.

Os dois franceses, amigos de infância, se demitiram do emprego que tinham no mercado financeiro em Nova York e deram quase uma volta ao mundo para achar algo inovador. Foram até a China, Índia, África do Sul para, finalmente, chegarem ao Brasil.

No Rio de Janeiro, conheceram a ecoempreendedora Bia Saldanha que foi com eles até Rio Branco, no Acre, visitar o químico e professor da Universidade de Brasília (UnB) Floriano Pastore, há  20 anos desenvolve tecnologias com látex nativo para aumentar a renda dos seringueiros da floresta.

Os dois amigos viram que, finalmente, haviam encontrado um lugar e um negócio para começar. Pegaram o látex e juntaram com o algodão livre de agrotóxicos que é produzido do outro lado da floresta, já na caatinga.

Assim, a Vert, que fica em Paris e já comprou 75 toneladas de borracha nativa da Amazônia e 120 toneladas de algodão agroecológico, produziu um tênis que está chamando a atenção dos europeus e que ainda está ajuda mais de 100 famílias de seringueiros e mais de 700 familias que produzem o algodão.

Equipe da Vert na Amazônia (Facebook)

Hoje eles produzem 250 mil pares vendidos em 900 pontos de venda em 15 países, quase todos europeus.

A marca entrou no mercado brasileiro há três anos.