Crédito de imagem: Pollyana Ventura/Getty Images

Em 2024, o Brasil registrou a menor taxa média anual de desemprego desde que o índice começou a ser calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2012. O percentual médio no ano passado foi de 6,6%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada em 31 de janeiro. 

Foi o terceiro ano seguido de queda na taxa de desocupados no país. Em 2022 e 2023, os índices foram de 9,6% e 7,8%, respectivamente. 

Em 2024, o número de indivíduos desocupados caiu para 7,4 milhões, em comparação com 8,5 milhões no ano anterior.

Pessoas ocupadas bate recorde

O número médio de indivíduos ocupados atingiu 103,3 milhões, um aumento de 2,6% em relação a 2023. Isso equivale a 58,6% da população brasileira com 14 anos ou mais, o maior nível já registrado na pesquisa. O recorde anterior havia sido em 2013, quando o índice chegou a 58,3%.

Nesse grupo estão pessoas que realizam qualquer tipo de atividade, como empregados no setor privado, funcionários públicos, empreendedores e autônomos. Confira mais dados a seguir:

  • Empregados com carteira assinada: 38,7 milhões (alta de 2,7%)
  • Empregados sem carteira assinada: 14,2 milhões (alta de 6%)
  • Trabalhadores por conta própria: 26 milhões (alta de 1,9%)
  • Trabalhadores domésticos: 6 milhões (queda de 1,5%)

Os trabalhadores sem carteira assinada e que trabalham por conta própria são considerados trabalhadores informais. Como pode ser visto acima, a soma desse grupo é de 40,3 milhões. 

Apesar de o número de trabalhadores informais ser superior ao de formais, o número de cidadãos com carteira de trabalho assinada atingiu o maior nível já registrado pela Pnad, com 38,7 milhões de pessoas.

Índice de indivíduos fora da força de trabalho diminuiu

A média anual de pessoas fora da força de trabalho foi de 65,5 milhões, o que representa 37,2% da população com idade para trabalhar. Esse grupo corresponde a indivíduos desocupados, mas que não estão em busca de serviço. Ele considera aposentados, adolescentes em idade escolar, donas de casa e desalentados

Taxa de subutilização 

A taxa de subutilização se refere a cidadãos aptos a trabalhar, mas que estão desempregados ou trabalham menos horas do que gostariam. Em 2024, 19 milhões de pessoas estavam nessa situação. Embora tenha ocorrido uma queda em relação a 2023, o número ainda é superior ao menor nível já registrado pela pesquisa, de 2014, com 16,5 milhões de indivíduos subutilizados.

Rendimento médio dos trabalhadores

O rendimento médio dos trabalhadores também registrou alta. No ano passado, as pessoas ocupadas receberam cerca de 3.225 reais mensais por todos os trabalhos que realizaram. Esse valor foi 3,7% maior do que em 2023 e 10,1% do que em 2012, primeiro ano da pesquisa. 

Já a soma de valores recebidos por todos os trabalhadores brasileiros foi de 328,6 bilhões de reais, o maior até aqui e 6,5% maior do que 2023.

Glossário

Taxa média anual de desemprego: indicador que representa a média dos valores registrados ao longo do ano. Na Pnad Contínua, a taxa média anual de desemprego é calculada somando as taxas trimestrais (a cada três meses) do ano e dividindo pelo número de trimestres observados, ou seja, quatro.

Desalentados: pessoas que gostariam de trabalhar e estão disponíveis, mas não procuram emprego por achar que não vão encontrar ou por falta de qualificação. 

Desocupados: o IBGE classifica como desocupados aqueles que estão sem trabalho, mas estão à procura. 

Fontes: G1 e CNN Brasil.

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