Acordo foi mediado pelos Estados Unidos e inclui uma trégua nos ataques a instalações de energia
O governo dos Estados Unidos (EUA) anunciou, em 25 de março, que Ucrânia e Rússia concordaram com um cessar-fogo por escrito no Mar Negro, além de negociar detalhes sobre interromper os ataques a instalações de energia.
Após o anúncio, os governos dos dois países confirmaram o acordo, o primeiro desde que a guerra começou, em fevereiro de 2022. O cessar-fogo veio após três dias de negociações entre as duas partes em Riad, capital da Arábia Saudita. Delegações da Ucrânia e da Rússia se encontraram separadamente com mediadores dos EUA.
Em dois comunicados diferentes, os EUA divulgaram que os acordos foram firmados separadamente sobre os ataques marítimos e de energia. Apesar da confirmação, o governo norte-americano não deu mais detalhes sobre os acordos e afirmou que isso será divulgado mais para frente. Além disso. a trégua não tem prazo determinado.
Tanto a Rússia como a Ucrânia dependem do Mar Negro para a exportação de produtos essenciais, como grãos. Embora esteja relativamente tranquila nas últimas semanas, a região é um dos pontos-chave na guerra, já que é onde fica a Crimeia, península ucraniana anexada por Moscou em 2014. Além disso, foi o local em que ocorreu um dos primeiros e mais intensos ataques no início da guerra, na cidade ucraniana de Mariupol.
Com o cessar-fogo, as partes “concordaram em garantir uma navegação segura, eliminar o uso da força e impedir o uso de embarcações comerciais para fins militares” no mar Negro, diz o comunicado.
Os dois países também concordaram em pausar os ataques a estações de energia. Esta tem sido uma das principais táticas utilizadas pelos dois lados. O objetivo é desestabilizar cidades grandes e estratégicas ao cortar o fornecimento de energia.
A Ucrânia afirmou que aceita a trégua nos ataques à infraestrutura energética russa, algo que o presidente Volodimir Zelenski já havia concordado em conversa com o presidente dos EUA, Donald Trump. A Rússia, que também havia aceitado o acordo por telefone, declarou que ainda serão definidos alguns procedimentos para a implantação dessa medida.
Fonte: G1, Estadão e Folha de S.Paulo.
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