Um bate-papo com a confeiteira Carole Crema
Com 25 anos de experiência, a confeiteira Carole Crema é uma das principais referências no Brasil quando o assunto é criar doces. Com formação em universidades no exterior e autora do livro O Mundo dos Cupcakes (editora DBA), ela também é uma das juradas do programa de televisão Que Seja Doce, do canal a cabo GNT.
O interesse pela cozinha e pelo mundo dos doces também está presente na vida de Julia Y., 9 anos, repórter mirim desta edição. “Eu também curto arte e confeitaria. É legal fazer guloseimas. Já confeitei cupcakes, biscoitos e bolos. Sonho em ter uma confeitaria chamada Doçuras de Fada”, conta ela.
A seguir, confira as respostas da Carole Crema para todas as curiosidades da Julia sobre o mundo da confeitaria.
Quando e como começou sua paixão pela arte da confeitaria?
Nunca achei que seria confeiteira. Aos 16 anos, eu já fazia ovos de Páscoa para vender para a família, mas não era pela confeitaria, era mais pela bagunça com as primas e para fazer um dinheirinho extra. Minha história com a confeitaria só veio muitos anos depois.
Você começou a cozinhar com quantos anos?
Eu tinha 23 anos quando fui estudar gastronomia em Londres [capital da Inglaterra].
O que você levava de lanche para a escola?
Ah, não era nada de especial. Levava suco, fruta e algum lanchinho que minha mãe preparava.
Qual foi o primeiro doce que você aprendeu a fazer?
Foram sequilhos [um tipo de biscoito] que eu aprendi a fazer com a minha mãe.
Qual era a sua guloseima preferida na infância? E hoje?
Nossa, sou supergulosa e “formiga”. Sempre amei o pavê de amendoim da minha mãe, musse de chocolate e brigadeiro, é claro! Hoje, além destes, que sigo amando, adoro paçoca!
O que você não curtia comer e hoje você come?
Eu não gostava de doces com acidez, como de limão e damasco. Quando eu era menor, preferia os doces com chocolate. Mas, agora, sou mais dos cremes e dos doces que são menos doces.
Como você foi parar na mesa de jurados do programa de televisão Que Seja Doce, com Lucas Corazza e Roberto Strongoli?
Eu fui chamada para um casting [processo de seleção e testes com candidatos a participar de um programa de televisão, por exemplo]. Foi muito engraçado, pois, quando cheguei para o teste, disseram que todos os candidatos que haviam passado pelo casting haviam me recomendado.
Qual foi a criação de que você mais gostou na última temporada do Que Seja Doce?
Teve tanta coisa boa… Mas teve um bolo de pamonha com creme de canjiquinha que foi inesquecível.
Você está gravando alguma temporada do programa agora?
Acabamos de gravar a sexta temporada no dia 19 de outubro [de 2019]. Desta vez, foi sobre doces de família. Ficou muito linda!
É muito difícil julgar um doce que não está muito bom?
Não. Na verdade, nós temos o paladar supertreinado e conseguimos avaliar o doce pela técnica, pelo equilíbrio… Então, mesmo sendo algo de que eu não goste muito, consigo avaliar. Mas há momentos em que o doce está ótimo—e, só às vezes, está tão errado que não tem nem o que dizer.
Tem algum doce do qual você não gosta?
Não gosto de açaí nem de bananada. Mas, quando são bem-feitos, consigo gostar.
Existe alguma coisa na sua carreira que você ainda não fez e gostaria de realizar?
Difícil responder a essa pergunta. Só tenho a agradecer pelo que tenho conquistado. Mas, recentemente, realizei um sonho: participei como eu mesma da novela A Dona do Pedaço [exibida pela Rede Globo]. Eu gosto de televisão e, talvez, ter um programa só meu seja um sonho ainda.
As preferências da Julia, repórter mirim desta edição:
Doces favoritos: morango com chantilly e musse de chocolate amargo.
Doces de que não gosta: beijinho de coco e doce de banana. Prefere os menos adocicados e mais amargos.
No site, confira uma receita da Carole Crema: jornaljoca.com.br/carole-receita
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 144 do jornal Joca.
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Incrível! Adoro o programa Que Seja Doce!
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