O país tem hoje 5,2 mil refugiados, de 79 nacionalidades diferentes 

Refugiados haitianos chegam a toda hora no Brasil. Porém, colombianos e angolanos ainda são a maioria, quase metade. Os pedidos de abrigo têm crescido muito no país ao longo dos anos. O Brasil é internacionalmente reconhecido como uma nação acolhedora, mas aqui o refugiado encontra obstáculos para conseguir emprego, ter acesso à educação e aos serviços públicos de saúde e moradia, por exemplo. Mesmo assim, boa parte da população haitiana vem para cá para fugir da desgraça causada pelo terremoto de 2010, que devastou o país. Conflitos nos países africanos, na América do Sul e crises na Síria e no Oriente Médio são outras causas para os refugiados abandonarem o lar, amigos e familiares em busca de uma vida melhor.

REFÚGIO INTERNACIONAL

O refúgio é um direito dos estrangeiros garantido por uma convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) de 1951 e que virou lei no Brasil em 1997. O refúgio pode ser solicitado por pessoas que têm que fugir de casa por causa de guerras ou perseguições por motivos de raça, religião, opinião pública, nacionalidade ou por terem sido obrigadas a deixar seu país por uma grave violação de direitos humanos. Os refugiados também saem de locais onde falta emprego e sobra pobreza.

HISTÓRIAS DE VIDA 

augustO haitiano Jalens August, de 15 anos, está abandonado no Acre há mais de um ano. O adolescente foi enviado ao Brasil pelo avô, que mora em Porto Príncipe, capital do Haiti. Ele fez a mesma rota que milhares de imigrantes fizeram até o Brasil, passando pela República Dominicana, pelo Equador e Peru, mas foi rendido pela Polícia Federal no Aeroporto de Rio Branco, quando tentava embarcar para Macapá sem documentos. August não pretendia morar no Brasil, ele passaria pelo Macapá apenas para encontrar a irmã, também imigrante, para que atravessassem a fronteira até a Guiana Francesa, onde viveriam. August pagou ao jogador de futebol haitiano Innocent Olibrice R$ 1,5 mil pela viagem a Macapá, mas Olibrice comprou uma passagem aérea por R$ 500, embolsou o resto e largou o adolescente no aeroporto. Ao ser rendido, August contou sobre Olibrice, que foi preso. O adolescente só sai do abrigo acompanhado e tem que passar os dias lá, quase como prisioneiro. August está sem estudar, já que as escolas da rede pública não o aceitam, pois ele não tem documento e histórico escolar. Inteligente e educado, August aprendeu a falar português sozinho.

VEJA NO MAPA DE ONDE VÊM OS REFUGIADOS NO BRASIL

 

Mapa de origem dos refugiados
Mapa de origem dos refugiados

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