O Brasil possui 84 barragens construídas com o mesmo método usado na que se rompeu.
Em fevereiro, a Agência Nacional de Mineração (ANM) havia determinado que todas as barragens construídas com o mesmo método usado na que se rompeu em Brumadinho (Minas Gerais) deveriam acabar até 2021 (saiba mais aqui), se estivessem desativadas, ou até 2023, em caso de ainda haver atividade. Entretanto, quase seis meses mais tarde, o prazo foi adiado para até 2027, conforme o caso. Até a publicação desta reportagem, as razões para a mudança não haviam sido divulgadas.
Barragens como as de Brumadinho são construídas usando o método chamado alteamento a montante. Esse método faz com que a estrutura cresça em forma de degraus – com uma camada de rejeito em cima da outra – como se fosse um depósito de lixo da mineradora, que usa água para limpar os minérios e depois dispensa a lama resultante desse processo. No Brasil existem 84 barragens construídas nesse modelo – 43 delas representam alto risco de rompimento.
A mudança estabelece novos prazos de acordo com o volume de rejeitos de cada barragem. As que têm menos de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos (mesmo volume que a de Brumadinho possuía) precisam ser substituídas até 15 de setembro de 2022; as que têm entre 12 milhões e 30 milhões de metros cúbicos precisam acabar até 15 de setembro de 2025; já as com volume maior têm prazo até 2027. A novidade também determinou que o prazo que as mineradoras tinham para deixar as barragens estáveis passou de fevereiro de 2020 para setembro de 2021.
Para saber mais sobre a tragédia em Brumadinho acesse o conteúdo especial do Joca: conteudo.jornaljoca.com.br/brumadinho.
Fontes: BOL, G1 e Jornal de Brasília.
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bom dia Joca, Nós alunos do 4º - C da emef. Laerte em Osasco, acabamos de ler a matéria, "Prazos para eliminação de barragens como a de Brumadinho são adiadas" e achamos um absurdo e triste esse tipo de atividade ainda existir depois da tragédia que ocorreu em Brumadinho no início do ano. e queremos que nunca mais isso aconteça. bj Joca
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