Esta matéria foi originalmente publicada na edição 236 do jornal Joca
Em 7 de fevereiro, a Organização Não Governamental (ONG) Condrik Tenerife divulgou nas redes sociais uma imagem alarmante: um peixe abissal (Melanocetus johnsonii), também conhecido como “diabo negro”, foi visto nadando próximo à superfície do mar ao redor de Tenerife, na Espanha. O registro causou espanto justamente porque a espécie é encontrada em profundidades que variam de 200 a 2 mil metros no oceano. Biólogos marinhos ainda não descobriram o motivo que levou o peixe a ir tão longe. A hipótese mais aceita é de que o animal estivesse ferido e doente, uma vez que acabou morrendo pouco tempo depois de ser avistado. Outras hipóteses sugerem que ele foi levado por uma correnteza.
Essa é uma das primeiras imagens do Melanocetus johnsonii, cujo macho mede aproximadamente 3 centímetros e as fêmeas, até 18 cm. A aparência do animal é peculiar, incluindo a presença de bioluminescência, recurso que ajuda a atrair presas no fundo do oceano — em grandes profundidades, a luz solar não consegue entrar, por isso ali tudo é escuro.
Nas redes sociais, o peixe ganhou o apelido de Ícaro, referência ao mito de origem grega do menino que desobedece ao pai e morre ao voar muito perto do sol. Tirinhas que ilustravam e recriavam o momento da chegada do animal à superfície também viralizaram, com frases como “É tão bonito, poderia nunca ter sabido” — reflexão que o Melanocetus teria tido ao ver a luz do sol na superfície da água.
Após morrer, o animal foi rapidamente levado o Museu de Natureza e Arqueologia (Muna), em Santa Cruz de Tenerife. Pesquisadores que o encontraram pretendem realizar estudos mais específicos para descobrir o que levou o peixe tão longe.
Fontes: Instagram Condrik Tenerife, Folha de S.Paulo, UOL e CNN Brasil.
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