Enquanto a campanha de vacinação contra a covid-19 avança pelo Brasil, no segundo semestre de 2021 a maior parte das escolas já teve o retorno das aulas presenciais. Muitos desafios foram lançados: desde a atenção com os protocolos de saúde até a elaboração de atividades para que as crianças e adolescentes redespertassem seu interesse pelas atividades escolares e voltassem a interagir presencialmente com os colegas de forma saudável.

Não é de agora que o jornalismo infantojuvenil vem demonstrando bons resultados na educação dos jovens. O jornal impresso, inclusive, vem se apresentando como ferramenta importante para a reintegração dos estudantes com o mundo físico por se tratar de um meio de comunicação concreto.

Por que adotar o jornal impresso na sala de aula?

De acordo com Maria Carolina Cristianini, editora-chefe do Joca, a juventude atual muitas vezes se vê afastada do jornalismo devido à falta de oportunidades de aproximação. No entanto, essa barreira tem tudo para ser superada no país por meio da atuação do jornalismo infantojuvenil, modalidade pensada especialmente para crianças e adolescentes e defensora da ideia de que o contato das pessoas com a esfera jornalística desde a infância é fundamental, pois, além de auxiliar na identificação de notícias falsas (as fake news), faz parte da formação do jovem como cidadão.

Por isso, Maria Carolina enfatiza a importância de se adotarem atividades que envolvam o jornalismo na escola, principalmente quando fazem uso do jornal impresso. Ela destaca alguns motivos:

  • Crianças e adolescentes têm o direito à informação (previsto pelo ECA – Estatuto da Criança e Adolescente) e também devem acessar notícias e atualidades.
  • Os leitores se relacionam de maneira mais intensa com o jornal impresso do que com sua versão digital, uma vez que, na juventude, a concretude tem um papel fundamental e insubstituível. Até mesmo para as crianças da geração atual, que já nasceram em um mundo digital, folhear um jornal com suas próprias mãos as faz criar um vínculo com este hábito e um envolvimento maior com o conteúdo que leem. Somente após o contato com o concreto o jovem se sentirá seguro para partir para o mundo digital, mais abstrato.
  • O jornal impresso é uma boa forma de crianças e adolescentes se manterem informados e atualizados com os fatos do mundo, já que, pelo meio físico, se mantêm mais concentrados na atividade de leitura.
  • O jornalismo infantojuvenil contribui para que os jovens se sintam parte da sociedade por se tratar de um produto feito exclusivamente para eles. Além disso, um jornalismo como o feito pelo Joca permite que eles possam participar não apenas como leitores, mas também como editores e repórteres mirins.

O jornalismo infantojuvenil no retorno das aulas presenciais

O Joca, primeiro e principal jornal para crianças e adolescentes do Brasil, fez um levantamento de como está sendo o retorno das aulas presenciais por todas as regiões do país e também conversou com os estudantes para saber como estão sentindo a volta à escola. A partir dos relatos, percebe-se a importância da presença física e da materialidade no aprendizado. Muitos se mostraram felizes ao poder reencontrar os amigos e professores e visitar as bibliotecas da escola. Também há os estudantes que se encantaram com as novas estratégias de ensino, como as aulas em ambientes diversos da sala que, apesar de serem planejadas para evitar aglomeração, trouxeram um sentimento de novidade e entusiasmo aos jovens.

Isso mostra como elaborar dinâmicas que instiguem os estudantes a interagirem entre si e com os professores é importante, bem como o contato com o mundo real e concreto é fundamental às crianças e aos adolescentes. O jornalismo infantojuvenil está aqui para auxiliar nessa trajetória de retorno das aulas presenciais e, por meio da materialidade dos exemplares impressos, professores têm acesso a um universo de possibilidades de atividades enriquecedoras para serem trabalhadas em sala de aula.

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