#pracegover: a imagem traz um mapa do Brasil com destaque para a área da Terra Indígena Yanomami, entre Amazonas e Roraima, onde o garimpo ilegal está concentrado. Uma legenda indica onde estão as comunidades e as áreas degradadas pelo garimpo, pintadas em vermelho. Fonte: Terras Indígenas no Brasil

ERICÓ
As comunidades desta região estão distantes do garimpo — uma pista clandestina cercada por cicatrizes. A área movimenta minérios e mercadorias ilegais.

CICATRIZ: cada área desmatada identificada na TIY é chamada de cicatriz.

PARIMA (ARATHAU, PARAFURI, WAPUTHA E SURUCUCUS)
Os principais pontos de desmatamento associados ao garimpo são: Arathau (situação mais grave de Parima), Parafuri, Waputha e Surucucus. Em Arathau há diversos canteiros de garimpo, quatro pistas clandestinas de pouso e algumas balsas ao longo do rio Parima. De 2020 para cá, houve um aumento de 100 hectares degradados na região.

RIO MUCAJAÍ E COUTO MAGALHÃES (KAYANAU, PAAPIU, ALTO MUCAJAÍ, HAKOMA)
Em 2010, o rio Mucajaí foi forte alvo de garimpo. Houve melhora com a construção de uma Base de Proteção Etnoambiental (Bape), finalizada em 2012. No entanto, à medida que as ações de combate foram diminuindo, o garimpo ilegal voltou a crescer.

BASES DE PROTEÇÃO ETNOAMBIENTAL (Bapes)
Instalações feitas em terras habitadas por indígenas isolados, a fim de garantir mais proteção, oferecendo apoio e fiscalizando o território contra possíveis invasões. Cada base tem suporte de indígenas locais e servidores da Funai (Fundação Nacional do Índio), além de policiais militares e federais e dos serviços do Exército.

AUARIS
Fica na fronteira entre Brasil e Venezuela e tem dois principais focos de garimpo. O primeiro é pequeno e está na divisa entre os países; o segundo fica em um afluente do rio venezuelano Metacuni e, apesar de estar em outro país, há evidências de que a logística que alimenta o ponto (com maquinários, combustível e mão de obra) está baseada no território do Brasil.

RIO CATRIMANI (ALTO CATRIMANI E MISSÃO CATRIMANI)
Há quatro zonas principais sob influência do garimpo no rio Catrimani: a cabeceira (que concentra o maior número de cicatrizes); o alto curso; o encontro com o rio Lobo d’Almada; e o Médio Catrimani.

XITEI
Foi a área com maior aumento de cicatrizes em 2021 — acima de 1.000%. As comunidades vivem em alto grau de isolamento, com pouca experiência na relação com outras populações. Assim, ficam vulneráveis às pressões e falsas promessas de garimpeiros que atuam ilegalmente.

HOMOXI
A exploração nesta região é antiga e foi uma das maiores nas décadas de 1980 e 1990. Atualmente, o posto de saúde de Homoxi está sob controle de garimpeiros, que utilizam a pista de pouso local.

RIO APIAÚ
O garimpo está localizado na cabeceira do rio. Já as comunidades indígenas mais próximas ficam rio abaixo, nos limites da TIY. Mesmo distantes, os nativos sofrem com os impactos da exploração do Apiaú, como a contaminação.

URARICOERA (URARICOERA, PALIMIU E WAIKÁS)
Atualmente, o rio Uraricoera é a região mais afetada da TIY: concentra cerca de 45% do número de cicatrizes mapeadas. Um dos motivos para a vulnerabilidade é o fato de a Bape local estar desativada há mais de cinco anos.

Fontes: Instituto Socioambiental e relatório “Yanomami sob Ataque”.

Texto originalmente publicado na edição 187 do jornal Joca.

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