A quarta turma do Clube do Joca se reuniu para fazer uma entrevista coletiva com a Maria Carolina Cristianini, editora-chefe do jornal Joca por seis anos e que está se despedindo da gente nesta edição. Os jovens perguntaram sobre os bastidores do periódico, a carreira de jornalista e muito mais. Confira:

Sophia: Como você conheceu o jornal e o que te fez querer participar? 

Eu já conhecia o Joca há algum tempo quando soube, em 2018, que a editora- -chefe anterior a mim tinha saído. Conversei com a Stéphanie Habrich, fundadora e diretora executiva do Joca, e me apaixonei pela ideia de trabalhar em um jornal infantojuvenil. Foi assim que tudo começou.

Camila: O que você fazia antes de trabalhar no Joca? 

Passei dez anos na revista Recreio, que também é para crianças. Lá eu fi z de tudo um pouco: fui repórter, editora e redatora-chefe. Antes de tudo isso, trabalhei fazendo reportagens para diversas publicações, como outras revistas.

Camila: Por que você seguiu essa profissão? 

Decidi ser jornalista porque eu sempre gostei muito de ler e escrever, duas coisas que um jornalista faz bastante. Com o tempo, também fui percebendo que eu sou uma pessoa curiosa, outra característica necessária para a profissão.

Miguel: Por que você vai sair? O Joca vai deixar saudade? 

Porque, ao longo da vida, alguns ciclos se encerram, isso é natural em diversas áreas, como no trabalho. Mas, com certeza, o Joca vai deixar saudade! Eu aprendi muito com todas as pessoas com quem trabalhei e, especialmente, com os leitores, que me ensinaram sobre como transmitir as notícias da melhor maneira para eles.

#pracegover: Carol está sentada em uma poltrona cinza com uma das mãos apoiadas no queixo. Ela está de calça jeans, blusa preta e casaco colorido. Crédito de imagem: arquivo pessoal

Camila: Nesses seis anos de Joca, qual foi a sua edição favorita? E a matéria? 

É difícil escolher uma edição, mas nunca vou esquecer a primeira edição e matéria que fiz, a capa da 116, sobre um grupo de meninos que havia ficado preso em uma caverna na Tailândia. A reportagem falava sobre o resgate deles.

Samara: Como foi trabalhar no Joca durante a pandemia? 

Foi bem difícil. Tivemos que ficar em casa por um longo período, como todo mundo, e estávamos fazendo matérias sobre um assunto que ninguém conhecia direito — um novo vírus, uma pandemia, como seria uma vacina. Foi um dos trabalhos mais desafiadores da minha carreira, e tenho orgulho de como a equipe do Joca conseguiu informar os jovens sobre o que acontecia.

Samara: Vocês do Joca batem muito papo? Você atrapalha os seus colegas de trabalho? 

De vez em quando, isso acontece, sim! Quando estamos juntos na redação, nós nos sentamos perto uns dos outros (eu, Felipe, Vinicius e Larissa). Aí, em alguns momentos, eu puxo papo sobre coisas do jornal ou assuntos que não têm nada a ver com trabalho. Nós sempre rimos bastante juntos.

Samara: Quanto tempo por dia você costumava dedicar ao Joca? 

Meu trabalho era de segunda a sexta. Normalmente, eu começava por volta de 9h30 e seguia fazendo minhas atividades até mais ou menos 19h. Mas tem dias em que os jornalistas precisam trabalhar um pouco mais, como na data em que jornal precisa ficar pronto para ser impresso na gráfica e chegar até vocês, leitores.

Miguel: Como foi a experiência de seis anos no Joca? Qual o maior aprendizado que teve aí? 

Foi uma experiência incrível, cheia de realizações e desafios diante das notícias e do trabalho de transmiti-las para os jovens. O que eu levo de mais importante é o que pude aprender no contato com os leitores, entendendo, com eles, como deixar o jornal ainda mais interessante. Meu muito obrigada àqueles com quem encontrei nas escolas, aos que visitaram a redação do Joca, mandaram mensagens para a gente e participaram de alguma maneira do jornal. Com certeza, eu sou uma jornalista melhor hoje por causa de vocês.

Fernando: Como você quer que o Joca seja depois que você for embora? 

Eu quero que o Joca continue informando as crianças e adolescentes e mostrando por que ler notícias é tão essencial. E que possa chegar a mais e mais leitores em todo o país.

“Eu aprendi muito com todas as pessoas com quem trabalhei e, especialmente, com os leitores, que me ensinaram sobre como transmitir as notícias da melhor maneira para eles.”

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