A Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, e a agência espacial europeia (ESA, na sigla em inglês), uniram-se para construir o Telescópio Espacial James Webb. A tecnologia permitirá descobrir novas galáxias e enxergar como as estrelas eram há 13 bilhões de anos, pouco tempo depois do Big Bang (explosão que deu origem ao universo).

O telescópio também será capaz de detectar quais planetas de outras galáxias possuem oxigênio, elemento importante para existência de vida. Ele ficará posicionado a mais de um milhão de quilômetros da Terra, distância que torna impossível enviar um ser humano para fazer a manutenção do aparelho. Por isso, muitos testes estão sendo realizados.

O lançamento do telescópio está previsto para 2021, em uma missão que deve durar cerca de seis anos — o aparelho tem vida útil de dez anos. Depois disso, ele será desativado.

Como o telescópio consegue enxergar o passado?
Todas as estrelas emitem luz. Essa luz viaja pelo espaço a 300 mil quilômetros por segundo e continua viajando mesmo quando a estrela muda ou morre — a luz do Sol, por exemplo, demora oito segundos para chegar à Terra.

Os astros mais brilhantes que vemos a olho nu no céu emitiram sua luz há, mais ou menos, 500 anos. Mas o Telescópio Espacial James Webb será capaz de enxergar estrelas tão distantes e antigas que suas luzes foram enviadas há 13 bilhões de anos e continuam vagando por aí. Com os dados do telescópio, os cientistas poderão saber mais sobre como o universo era no passado e como era a disposição das estrelas antes mesmo de o nosso planeta surgir.

Glossário
Galáxia: conjunto de corpos celestes, como estrelas e planetas. A Terra fica na galáxia chamada Via Láctea.

Fontes: BBC, G1, Galileu e UOL.

Texto originalmente publicado na edição 142 do Joca.

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