Por que teremos uma nota de 200 reais?
Em 29 de julho, o Banco Central anunciou o lançamento da nota de 200 reais. O fato gerou polêmica, principalmente com preocupações relacionadas à inflação (quando o dinheiro perde valor e a maioria dos itens fica mais cara).
Para quem não sabe, ou não se lembra, o Brasil sofreu com inflação na década de 1980 e início dos anos 1990, até que, em 1994, o Plano Real conseguiu contê-la. Mas a alta generalizada dos preços ficou marcada na memória de boa parte da população. E uma das características daquele período era a constante emissão de novas notas. Foi justamente este ponto que trouxe o temor de que a inflação pudesse voltar agora: imprimir mais moedas pode gerar inflação, já que a tendência é de que, com mais moedas circulando, o dinheiro perca valor.
Essa preocupação pode ser descartada. Não haverá de fato aumento do dinheiro em circulação, e sim a substituição de notas de menor valor por uma de maior valor. A inflação no Brasil está baixa e estável. Estamos vivendo algo único na nossa economia, com projeções de inflação em 3,5% para 2020.
De acordo com o Banco Central, a nova nota vem atender ao aumento da demanda por dinheiro em espécie, ou seja, em notas. Em momentos de crise e preocupação com o futuro, como o vivido com a covid-19, as pessoas preferem o dinheiro em espécie. Portanto, não há motivos para se preocupar. Ao menos não por conta da nova nota.
Marcelo Siqueira
Planejador financeiro certificado CFP®, formado em economia com pós-graduação em mercado de capitais pela FEA-Fipe. Auxilia famílias e pessoas na condução e otimização de recursos, no planejamento e conquista de sonhos e na construção de patrimônio. www.oprosperopasso.com.br
Saiba mais sobre a nota de 200 reais no site do Joca: bit.ly/nota-200-reais
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 154 do jornal Joca.
Ainda não é assinante? Assine agora e tenha acesso ilimitado ao conteúdo do Joca.
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.