Sempre achei que a culinária brasileira tivesse grande diversidade. Mas, quando me perguntam sobre um prato típico do dia a dia do brasileiro, penso longo no arroz, feijão, bife e batata frita.

Se você tem acompanhado seus pais ao supermercado, provavelmente escutou algum comentário sobre a alta do preço do arroz. O pacote de 5 quilos, que normalmente era vendido por cerca de 15 reais, pôde ser encontrado, nos últimos dias, por 30 reais em alguns estabelecimentos.

Um dos fatores que provocam essa mudança repentina de preços é o dólar. Espera aí! Como é que o dólar pode afetar o preço de algo que sai dos nossos campos e vai para a mesa do brasileiro?

Muito simples, meu caro leitor. O brasileiro não é o único que compra arroz. A alta do dólar dos últimos meses faz com que os produtores prefiram exportar (vender produtos para outros países), ganhando em dólares e não em reais.

Também existem outros fatores que podem ter influenciado no preço do arroz, como o aumento do consumo (tanto aqui como lá fora) no momento da pandemia e até o clima.

A pergunta é: será que o preço continuará subindo ou deve se normalizar? Como todo economista, minha resposta é: depende. Enquanto tivermos os fatores mencionados acima em jogo, é difícil falar em redução do valor.

Marcelo Siqueira
Planejador financeiro certificado CFP®, formado em economia com pós-graduação em mercado de capitais pela FEA-Fipe. Auxilia famílias e pessoas na condução e otimização de recursos, no planejamento e conquista de sonhos e na construção de patrimônio. www.oprosperopasso.com.br

Texto originalmente publicada na edição 158 do jornal Joca.

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