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Encarte | Educadores

Muito pouco se falou das Paralimpíadas, menos mídia, menos patrocínio, menos atenção para uma delegação. Talvez parte desse desinteresse venha da dificuldade que temos em lidar com o assunto, mesmo que o Brasil seja um dos países com maior índice de pessoas portadoras de deficiência – em torno de 24% da população, a maioria por conta de condições precárias de saúde, acidentes de carro e segurança. De acordo com dados recentes da OMS (Organização Mundial da Saúde), há no mundo cerca de um bilhão de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência. As principais causas não são diferentes das que impactam o Brasil, saúde, acidentes automobilísticos e questões ligadas à segurança.   

Diante disso, os aprendizados com a Paralimpíadas se tornam ainda mais importantes. São pessoas – atletas – que superam muito mais que as condições físicas. Se nas Olimpiadas a superação aparece como recorde, nas Paralimpiadas é a superação dos limites internos, daquilo que mais nos impede de conquistar um lugar de destaque: nos aceitar. Eles nos mostram que o que nos define é nossa vontade de seguir adiante e não nossas características.

Quando pensamos em vulnerabilidade, nada se compara com o exemplo dos atletas paralimpicos. O caminho para a vitória é estar aberto para se mostrar completo, com suas imperfeições e fraquezas.

Já a diversidade é a marca deste evento e nos faz um convite para pensar nessa palavra. Diversidade não é somente diferença, é sim multiplicidade, opção e escolha.

O respeito presente entre os atletas de diversas nacionalidades, línguas e costumes, nas Paralimpíadas é somado ao respeito pelo indivíduo, como ser humano, sendo a essência mais importante que a aparência.

Por fim, a empatia reunindo todos por um objetivo comum. Não importa que são diversos, mas se conectam por um sentimento: o de ser vencedor.   

As Paralimpíadas podem trazer as seguintes questões para serem trabalhadas na sala de aula, adequando a abordagem a idade dos alunos:

  1. Comparação entre as Olimpíadas e Paralimpíadas: número de países participantes, modalidades, quadro de medalha e o desempenho do Brasil especificamente dentro das duas competições.
  2. História dos nossos atletas brasileiros para que possam perceber o quanto a aceitação e o apoio das pessoas ajudaram eles a vencerem.
  3. Desenvolva algumas atividades sensoriais com a classe enfatizando a importância de estarmos plenos e conscientes de nossas habilidades. A visão é nosso principal sentido, promover um jogo simples mas que os alunos estejam vendados, pode trazer uma boa conversa sobre acessilidade, inclusão e percepção dos sentidos.

Como foram as reflexões da sua turma? Compartilhe conosco como foi essa conversa pelo email carlotas@carlotas.com.br.

Carlotas é uma iniciativa que promove o diálogo sobre respeito e empatia para ajudar a melhorar as relações entre as pessoas. Acreditamos que o educador é um dos pilares fundamentais dessa transformação e, para isso, temos um trabalho focado nele. Saiba mais em www.carlotas.org

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