#pracegover: a imagem mostra uma rua da cidade de Londres. É possível ver cinco carros, alguns prédios e lojas, e pessoas caminhando. Foto: Getty Images.

Desde 8 de abril, motoristas só podem entrar no centro de Londres, na Inglaterra, com veículos antigos e poluentes se pagarem 12,50 libras (aproximadamente 63 reais). A regra foi criada para melhorar a qualidade do ar na cidade.

O valor é aplicado para carros e motos de até 3,5 toneladas. Já caminhões mais pesados do que isso e ônibus com mais de 5 toneladas pagam 100 libras (502 reais) por dia. As taxas valem para veículos que não atendem aos mais recentes padrões Euro (regras que determinam o nível máximo de poluentes emitidos por motor) e atingem períodos variados de fabricação (anteriores a 2006, 2007 ou 2015 de acordo com o tipo de veículo).

Segundo a Prefeitura da cidade, os veículos são responsáveis pela metade da poluição atmosférica em Londres. O problema leva a doenças como asma e infecções no pulmão, afetando principalmente crianças em desenvolvimento.

Ulez
As novas tarifas serão cobradas 24 horas por dia, em todos os dias do ano. Assim, Londres se torna a primeira cidade com a mais ampla Zona de Emissão Ultrabaixa (Ultra Low Emission ou Ulez, na sigla em inglês) do mundo. “A Ulez é o ponto central de nossos planos para limpar o ar de Londres — os planos mais ousados de qualquer cidade do planeta”, declarou o prefeito Sadiq Khan. A medida é uma ampliação do pedágio urbano, cobrado na cidade de segunda a sexta, durante o dia, no valor de 11,50 libras (o equivalente a 58 reais), desde 2017. A Ulez deverá ser estendida para a área metropolitana de Londres até outubro de 2021.

EXCEÇÕES – Veja alguns veículos que terão descontos, mais tempo para se adaptar à lei ou não precisarão pagar a taxa:
• Carros históricos construídos antes de 1973
• Tratores e guindastes
• Trailers ou caminhões usados para transportar circos e outros shows
• Táxis

Dados de Londres

360 escolas primárias estão em áreas com nível de poluição acima do permitido pela lei

11 mil veículos deixaram de circular no centro de Londres desde 2017

400 mil crianças vivem em áreas com nível de poluição acima do permitido pela lei

100% dos ônibus de dois andares não são poluentes

Correspondente internacional
“Como estudante, acho muito importante ter ar fresco perto de escolas porque as emissões de poluentes são ainda mais prejudiciais para os jovens do que para os adultos. Por outro lado, a medida prejudica financeiramente algumas empresas que fazem entregas no centro de Londres, afinal, elas terão que pagar as taxas ou comprar veículos novos, que são caros. Mas, no fim das contas, a mudança é pelo bem do planeta e há muitas alternativas de transporte em Londres. Eu costumo pegar o metrô e acho que é melhor do que ir de carro. O problema é que a passagem é cara, então o prefeito precisa baixar o preço.” Mia N., 13, moradora de Londres

#pracegover: a garota Mia N. sorri, olhando para frente. Ela está sentada dentro de um restaurante. Ao fundo, uma mesa com duas cadeiras vazias. Imagem: arquivo pessoal.

Pelo mundo
No início de abril, o estado de Nova York, nos Estados Unidos, aprovou a cobrança de uma taxa para carros e caminhões que circularem pelo centro de Manhattan, na cidade de Nova York. Ainda sem valor definido, o pedágio deve começar a ser cobrado até o fim de 2020. Além de a medida melhorar o trânsito, entre outros objetivos está a arrecadação de dinheiro para reformar o sistema de metrô local. Lugares como Estocolmo, na Suécia, e Cingapura também adotam pedágios urbanos.

Informação extra: um incêndio atingiu a Catedral de Notre-Dame, em Paris (França), em 15 de abril. Saiba mais no site do Jocajornaljoca.com.br/catedral-de-notre-dame-em-paris-pega-fogo

#pracegover: foto feita em Paris, na França, em 15 de abril, mostra a Catedral de Notre-Dame pegando fogo durante a noite. É possível ver bombeiros tentando apagar o incêndio com jatos de água. Foto: Chesnot/Getty Images.

Fontes: BBC, CNN, Folha de S.Paulo, prefeitura de Londres e Transport for London.

Notícia originalmente publicada na edição 129 do jornal Joca.

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