A chefe do governo local de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou, no dia 4 de setembro, que irá cancelar o projeto de lei de extradição de cidadãos para a China, alvo de protestos no território desde 9 de junho. A líder também prometeu criar um canal de conversa com os manifestantes. Apesar da declaração, os protestos continuam. Entenda ao lado. Sobre o que é
A chefe do governo local de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou, no dia 4 de setembro, que irá cancelar o projeto de lei de extradição de cidadãos para a China, alvo de protestos no território desde 9 de junho. A líder também prometeu criar um canal de conversa com os manifestantes. Apesar da declaração, os protestos continuam. Entenda ao lado.
Sobre o que é o projeto de lei cancelado?
Ele determina que suspeitos de crimes em Hong Kong sejam enviados à China para serem julgados. Para os manifestantes, isso desrespeita a autonomia do território e permite que a China exerça algum tipo de controle sobre a ilha.
Qual é a relação entre China e Hong Kong?
Hong Kong pertenceu por 99 anos ao Reino Unido e foi devolvido à China em 1997, com a condição de que o território teria seu próprio sistema de leis até 2047. Assim, os moradores de Hong Kong não precisam seguir as mesmas leis que os chineses e possuem um Judiciário independente da China. Os manifestantes têm medo de que o projeto de lei tire esses direitos de Hong Kong.
Por que os manifestantes continuam protestando após o anúncio da líder Carrie Lam?
Eles passaram a fazer outras exigências além do cancelamento do projeto de lei: pedem que a polícia seja investigada por atos de violência cometidos durante os protestos, a libertação dos mais de mil manifestantes presos, a saída de Carrie Lam do governo e eleições diretas (quando os cidadãos votam nos políticos que desejam ter como governantes, como acontece no Brasil. Atualmente, apenas 1.200 dos 3,8 milhões de eleitores de Hong Kong podem votar). A líder do território não respondeu a essas exigências em seu pronunciamento.
Saiba mais sobre os protestos em Hong Kong na edição 135 do Joca.
Fontes: BBC, Channel News Asia, Diário de Notícias – Portugal, Folha de S.Paulo, G1, The New York Times e O Globo.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 137 do jornal Joca.
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