De acordo com cientistas, o aumento extremo de temperaturas afeta de maneira desproporcional diferentes populações. Crédito de imagem: Getty Images

Segundo dados coletados pelos Centros Nacionais de Previsão Ambiental dos Estados Unidos, ligados à Administração Oceânica e Atmosférica Nacional do País (Noaa), o dia 3 de julho de 2023 foi considerado o mais quente da história do planeta Terra. A data registrou a temperatura média global de 17,01°C. O recorde anterior aconteceu em 2016, com um registro de 16,92°C.  A temperatura média é feita a partir de um cálculo que leva em conta todas as temperaturas registradas em diferentes continentes do planeta.

As altas temperaturas trouxeram, principalmente, novas preocupações sobre as mudanças climáticas. Diversos países, como os Estados Unidos e a China, vêm enfrentando fortes ondas de calor: a China chegou a registrar temperaturas acima dos 35°C. Países dos continentes europeu e africano também enfrentam temperaturas elevadas, com o norte da África alcançando quase 50°C.  

Uma das razões apontadas por cientistas para as ondas de calor extremo é o EL Niño, fenômeno natural que ocorre no Oceano Pacífico e afeta a temperatura e padrões de chuva em todo o mundo (saiba mais sobre o assunto na edição 202 do Joca). Aliado às consequências do EL Niño, a região norte do Oceano Atlântico também apresentou temperaturas elevadas, o que pode ter influenciado a escalada na média geral da temperatura mundial.

Além disso, não foi apenas o dia 3 de julho que quebrou recordes de calor. O mês de junho também foi considerado o mais quente da história, segundo o observatório europeu Copernicus. 

Na Antártida, os efeitos do aumento das temperaturas também puderam ser sentidos. O degelo (descongelamento de grandes geleiras) no continente atingiu recordes em 2023. De acordo com o National Snow and Ice Data Center, da Universidade de Colorado Boulder (EUA), a extensão do gelo marinho na Antártida caiu para 1,91 milhão de km² em 2023, ficando abaixo do registro de 2022, que foi de 1,92 milhão de km². 

Segundo os cientistas, o aumento extremo de temperaturas afeta de maneira desproporcional diferentes populações. O acréscimo de dois graus celsius na Suíça, que registra temperaturas baixas, por exemplo, não causa o mesmo efeito que um aumento significativo em países tropicais, que já registram maiores ondas de calor. No início de junho, mais de 90 pessoas morreram no norte da Índia após uma onda de calor extremo. 

Em consequência das ações humanas no meio ambiente, problemas como o efeito estufa continuam evoluindo e, com outros fenômenos naturais, agravam o aumento das temperaturas. 

Glossário: 

Efeito estufa: fenômeno que mantém o planeta aquecido, mas que é intensificado por gases poluentes, como dióxido de carbono. Ao ser liberados (por meios de transporte ou indústrias, por exemplo), esses gases sobem para a atmosfera terrestre e ficam “presos” ali, acumulando-se em uma espécie de camada. Essa camada impede o calor de sair da Terra e, ao ser intensificada pela ação humana, leva ao aquecimento global.

Fontes: G1, Folha de S.Paulo, Climate Predict Center, Veja e ONU.

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Comentários (1)

  • Em novo relatório, ONU declara 2023 como ano mais quente da história - Jornal Joca

    4 meses atrás

    […] ano de 2023 bateu recordes seguidos de meses mais quentes: junho, agosto, setembro e outubro quebraram diferentes níveis no aumento de temperatura global. Junto do […]

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