Milhões de brasileiros saíram do quadro de insegurança alimentar grave
No dia 24 de julho, foi divulgada a última edição do “Relatório das Nações Unidas sobre o estado da insegurança alimentar mundial” (Sofi 2024, na sigla em inglês). De acordo com os novos dados, o número de pessoas em situação de insegurança alimentar severa diminuiu cerca de 85% no Brasil. O quadro, que atingia cerca de 17,2 milhões de brasileiros em 2022, caiu para 2,5 milhões em 2023.
O conceito de segurança alimentar define o acesso contínuo a uma alimentação saudável. Quando há insegurança alimentar grave, a população não possui condições para se alimentar, passando por condições de fome.
Já em relação ao índice de pessoas em situação de insegurança alimentar no geral — incluindo quadros severos e moderados (quando as pessoas consomem pouca quantidade de comida e não têm certeza de que vão se alimentar) —, o cenário também é de diminuição, porém em proporções menores. O índice de pessoas em insegurança alimentar (moderada ou grave) caiu de 32,8%, no triênio (período de três anos) de 2020 a 2022 para 18,4% entre 2021 e 2023.
“Os dados das Nações Unidas indicam que estamos no caminho certo. Em apenas um ano de governo, reduzimos a insegurança alimentar severa em 85%. Tiramos 14,7 milhões de brasileiros e brasileiras dessa condição”,
declarou em nota oficial o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
Além disso, o relatório indica que a subnutrição entre os brasileiros recuou de 4,7%, no triênio 2020-2022, para 3,9%, entre 2021 e 2023. O número de brasileiros afetados pela subnutrição passou de 10,1 milhões para 8,4 milhões.
Subnutrição: consequência da pouca ou nenhuma ingestão de alimentos que são fontes de minerais, vitaminas e energia.
Ainda assim, o Brasil continua no “Mapa da fome”, lista que inclui todas as nações em que o índice de insegurança alimentar é superior a 2,5%. O país saiu do mapa em 2014, retornando em 2019. Segundo Wellington, a projeção do governo é de que o Brasil volte a deixar a lista entre 2023 e 2025.
O relatório do Sofi leva em consideração o levantamento de cinco agências da Organização das Nações Unidas (ONU): Organização das Nações Unidas Para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Fundo Internacional Para o Desenvolvimento Agrícola (Fida), Fundo das Nações Unidas Para a Infância (Unicef), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Programa Mundial de Alimentos (WFP).
Em termos globais, o relatório não apresentou queda significativa. Em 2023, cerca de 733 milhões de pessoas estavam em situação de fome; em 2022, o número foi de 735 milhões.
Fontes: Organização das Nações Unidas, Gov.Br e G1.
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