Cerca de 14 países participaram da ação
Diversos países enviaram ajuda à Índia depois de o país registrar novos recordes na pandemia, em 2 de maio: 392 mil novos casos e mais de 3 mil mortes por covid-19 em 24 horas. Os números continuaram aumentando nos dias seguintes — foram 414 mil novos casos apenas em 7 de maio.
Os Estados Unidos mandaram máscaras, cilindros de oxigênio e testes de diagnóstico rápido. A França doou 28 toneladas de equipamentos médicos. A Alemanha enviou 120 respiradores, e outras mil unidades devem ser doadas pelo Reino Unido. Cerca de 40 países participaram da ação.
A alta no contágio em março e abril levou a Índia a uma grave crise, com falta de oxigênio e vagas nos hospitais. Com recordes diários de novos casos e mortes, o país ultrapassou o Brasil, tornando-se o epicentro da pandemia no mundo. Até o fechamento desta edição, a Índia já tinha registrado um total de mais de 22 milhões de casos de covid-19, perdendo apenas para os Estados Unidos, que soma 32 milhões de infectados até o momento.
Motivos
Em fevereiro, o número de casos e mortes estava baixo na Índia, o que levou à flexibilização de medidas restritivas, como quarentenas. Mas a situação foi agravada por variantes mais infecciosas do vírus, falta de medidas do governo contra a doença, o não uso de máscaras, o desrespeito ao distanciamento social e o ritmo lento de imunização.
Até o fim de abril, 163 milhões de indianos haviam recebido ao menos uma dose da vacina no país, que tem a segunda maior população do mundo. O número representa apenas 12,5% dos 1,3 bilhão de habitantes.
Correspondente internacional
“A impressão é de que todo mundo está infectado. As pessoas estão perdendo entes queridos e estressadas pela falta de trabalho. Por causa da enorme população e da má gestão do governo, a situação é muito crítica. Faltam vacinas, medicamentos e oxigênio. Estamos recebendo ajuda da Organização Mundial da Saúde, dos Estados Unidos, da Rússia, entre outros. A pandemia me ensinou que a vida é muito importante e todos devemos cuidar dela.” Achintya K., 10 anos, mora na cidade de Rishikesh, no estado de Uttarakhand, na Índia
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 170 do jornal Joca