O documento foi assinado por 164 países no ano passado.
O Brasil não faz mais parte do Pacto Global para a Migração. Assinado por 164 países no ano passado, o documento indica regras e procedimentos que devem ser cumpridos pelas nações participantes a fim de organizar os fluxos migratórios (quando grupos de pessoas saem dos seus países de origem e mudam-se para outra nação).
Em sua conta em uma rede social, o presidente Jair Bolsonaro comentou a decisão de sair do acordo. Para ele, o Brasil deve criar regras próprias para lidar com a imigração, ao invés de seguir os protocolos internacionais.
“Os brasileiros e os imigrantes que aqui vivem estarão mais seguros com as regras que definiremos por conta própria, sem pressão do exterior”, escreveu. “Jamais recusaremos ajuda aos que precisam, mas a imigração não pode ser indiscriminada. É necessário critérios, buscando a melhor solução de acordo com a realidade de cada país. Se controlamos quem deixamos entrar em nossas casas, por que faríamos diferente com o nosso Brasil?”
A decisão de sair do pacto, no entanto, não é bem vista por todos. Em dezembro de 2018, Aloysio Nunes, representante brasileiro que contribuiu para que o país assinasse o acordo, disse que não concordava com a proposta de Bolsonaro de abandonar o trato. Ele diz que o pacto não representa riscos para o Brasil e que tem apenas o objetivo de organizar os fluxos migratórios.
“O pacto não é incompatível com a realidade brasileira. Somos um país com muitas etnias, formado por migrantes”, escreveu em uma rede social. “O pacto não autoriza migração indiscriminada. Basta olhar seu título. Busca apenas servir de referência para o ordenamento dos fluxos migratórios, sem a menor interferência com a definição soberana por cada país de sua política migratória [ou seja, sem interferir nas decisões do governo de cada país].
Atualmente, estima-se que existam 258 milhões de migrantes no mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Muitos deixam seus países para escaparem de guerras, perseguições, condições precárias de vida (falta de alimentos e remédios, por exemplo), entre outras questões.
Fontes: perfil de Jair Bolsonaro no Twitter, perfil de Aloysio Nunes no Twitter, G1 e UOL.
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Bem-vindos imigrantes e novas regras. Toda sociedade necessita de regras para conviver de maneira justa, igualitária e empatica.
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