Em 5 de novembro, presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que reforçará a segurança na fronteira do país dobrando o número de policiais, de 2.400 para 4.800. A decisão veio após ataques de extremistas islâmicos na França e Áustria nos últimos dias.

#pracegover: em Nice, na França, velas foram acesas em frente à Basílica de Notre-Dame, em tributo às vítimas do ataque na cidade. Na imagem, as velas estão em destaque e a igreja é vista ao fundo. Foto: Arnold Jerocki/Getty Images

Segundo Macron, o objetivo é combater a imigração ilegal na França, lar da maior comunidade muçulmana da Europa. Ele pediu ainda que a União Europeia reforce o controle na zona Schengen, fronteira de vários países do continente onde é permitida a livre circulação de pessoas.

#pracegover: em Paris, na França, pessoas assistem ao pronunciamento do presidente, Emmanuel Macron, em um telão. Foto: Getty Images

Atentados na França e Áustria
No dia 29 de outubro, um homem matou três pessoas na Basílica de Notre-Dame, na cidade de Nice, entre elas, uma brasileira. No total, seis suspeitos de participar da ação foram detidos. Os investigadores consideram o incidente um ataque terrorista.

Dias depois, em 2 de novembro, homens mataram pelo menos quatro pessoas em seis locais de Viena, na Áustria. Outras 15 ficaram feridas. Buscas na casa de um dos atiradores, que foi morto, apontaram que ele era admirador do grupo terrorista Estado Islâmico. Para o governo austríaco, trata-se de um atentado terrorista. A Áustria também reforçou o policiamento no país e nas fronteiras.

O que são atentados terroristas?
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), são “atos criminosos pretendidos ou calculados para provocar um estado de terror no público em geral (…)”. Às vezes, são cometidos por radicais do islamismo. Apenas uma parcela muito pequena dos muçulmanos (praticantes do Islã) é radical e pratica esse tipo de ato. Exemplos de grupos extremistas: Estado Islâmico e Al-Qaeda.

Segundo o serviço europeu de polícia (Europol), os ataques vinham diminuindo. Este ano, porém, três foram registrados na França em menos de dois meses. O de 29 de outubro ocorreu 13 dias após a morte do professor Samuel Paty, em Paris. Ele havia mostrado uma charge de Maomé, profeta islâmico, em uma aula sobre liberdade de expressão.

Enquanto o Islã proíbe que profetas sejam retratados por motivos religiosos, a França diz que não pode impedir a publicação dos desenhos porque os valores do país incluem a liberdade de expressão e o funcionamento do Estado e da educação sem a influência de religiões.

Correspondente internacional
“O ataque terrorista de Nice foi muito triste, pois as pessoas estavam apenas rezando, não fizeram mal a ninguém. Eu me sinto muito triste e insegura quando ataques como esse acontecem aqui na França. Já aconteceram vários, como o do Bataclan, em 2015, em que 137 pessoas morreram. No dia 16 de novembro de 2020, o professor Samuel Paty foi morto saindo do colégio onde ele trabalhava. Os islamitas alegaram ter matado ele pois ele tinha mostrado caricaturas de Maomé. O atentado de Nice, em que a brasileira morreu, faz parte dessa série de atentados ligado às caricaturas. A medida de aumentar a segurança no país foi tomada pelo presidente para proteger os cidadãos franceses.” Gabrielle H., 14 anos, Lyon (França)

Fontes: Agência Brasil, BBC, Folha de S.Paulo, G1, O Globo e UOL

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 160 do jornal Joca.

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