De 15 tentativas de caça, 14 aconteceram durante o voo e apenas um peixe foi pego na água
Um relatório científico publicado em 6 de agosto revela que pesquisadores colocaram câmeras, GPS e sensores em 18 atobás-de-patas-vermelhas, uma ave marinha, para observar como esses animais caçam no oceano. O estudo foi conduzido por cientistas da Universidade de Lancaster, na Inglaterra, e divulgado na revista Proceedings of the Royal Society B.
As imagens registraram 15 tentativas de caça, mas o que impressionou os cientistas foi que 14 delas aconteceram enquanto as aves ainda voavam, e apenas um peixe foi pego após um mergulho. Isso porque as aves conseguem capturar peixes voadores ainda no ar, acima da superfície do mar.
“Suspeitávamos que isso ocorresse, mas é a primeira vez que temos imagens como estas de pássaros que os mostram em busca de alimentos e capturando peixes em pleno ar. Isso pode sugerir que eles estão adquirindo parte significativa de sua dieta dessa maneira”, disse a autora do estudo, Ruth Dunn, em comunicado.
Outra descoberta revelada pelas imagens foi a forma como os atobás usam o vento a seu favor. Em função das asas desproporcionalmente pequenas, essas aves escolhem correntes de ar que as ajudam a voar mais rápido e com menos esforço. Quando o vento vem de lado ou por trás, facilita muito a caça e permite que elas voem por quilômetros, mesmo em meio a ventanias — ao contrário de outros pássaros que, em cenários como esse, preferem descansar.
O estudo ainda poderá auxiliar os cientistas a entender melhor a integração das aves marinhas com o clima e compreender as possíveis consequências das mudanças climáticas, que impactam até mesmo o fluxo das correntes, para essas espécies.
Fontes: Metrópoles e Galileu.
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