A pandemia do novo coronavírus trouxe diversos desafios para a rotina nas escolas, e alguns estudantes estão agindo para encontrar alternativas e soluções. É o caso dos jovens Eli S., 9 anos, e Amanda B., 11 anos, do Colégio Renascença, na cidade de São Paulo. A dupla, que participa de um projeto de robótica, ajudou a desenvolver um bebedouro acionado sem toque, por um sensor. “Foi um jeito de diminuir as chances de contaminação, porque, assim, as pessoas não precisam encostar no bebedouro [para acioná-lo]”, explica Amanda.

Para isso, os alunos desmontaram um dos aparelhos da escola para estudá-lo. “A gente pegou uma chave de fenda e desparafusou o bebedouro. Depois, colocamos o sensor [de movimento] com os fios. Fizemos várias tentativas até dar certo”, conta Eli. De acordo com Marcelo Borer, um dos professores de robótica do colégio, a ideia funcionou tão bem que eles estão trabalhando para substituir mais 15 bebedouros por modelos desenvolvidos pelos estudantes.

Já no Colégio Dante Alighieri, também da capital paulista, Henrique G., 17 anos, decidiu estudar o ensino na pandemia para ajudar os professores a pensar em alternativas que melhorem a motivação dos alunos. Parte de um projeto extracurricular da escola, a pesquisa busca entender se os jovens se sentem melhor estudando em casa ou no colégio.

“Estamos em uma situação inédita. Então, ainda precisamos de um modelo [de ensino] mais elaborado, mesmo que seja para o futuro”, diz Henrique. A orientadora dele no projeto, Percia Barbosa, completa: “A gente acredita que a pesquisa do Henrique pode contribuir para essa etapa de ensino [em pandemia], auxiliando professores, gestores e pais a lidar com os sentimentos das crianças”.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 171 do jornal Joca

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