Quando percebeu que muitas pessoas tinham dúvidas sobre educação financeira, que ensina a planejar gastos e cuidar do dinheiro, a economista Josi Gomes Barros resolveu escrever livros sobre o assunto para crianças e jovens. No entanto, conforme planejava as obras, decidiu ir mais a fundo ao descobrir que pensar no próprio futuro significa cuidar também do futuro do planeta. Assim nasceu a série Coleção Consciente de Educação Financeira, que busca unir conceitos de sustentabilidade com de economia.

Curiosa para saber mais sobre o trabalho de Josi, a repórter mirim Larissa P., de 10 anos, bateu um papo com a escritora.

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#pracegover: Josi Gomes Barros sorri para foto em frente a uma janela. Ela usa blusa rosa e calça branca. Crédito de imagem: divulgação

Qual é o primeiro livro que você escreveu?
Eu acho que foi durante a minha infância. Eu sempre gostei de livros e de leitura, porque acredito que é a melhor forma de viajar sem sair do lugar, e quando somos crianças, a nossa imaginação é ainda maior. Eu me lembro que escrevi um livro infantil chamado O Enigma da Banheira, mas infelizmente nunca publiquei. Depois, na adolescência e na fase adulta, fui esquecendo desse lado [de ser escritora]. Mas quando eu já estava trabalhando como economista, escrevi o primeiro livro, Educação Financeira Para uma Vida Melhor, que faz parte de um projeto sobre educação financeira. Isso me impulsionou a escrever outros títulos.

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#pracegover: a repórter mirim Larissa P. está sentada em frente a uma mesa, rodeada de livros. Ela usa camisa branca e gravata escura. Foto: arquivo pessoal

Como você consegue ter boas ideias para escrever?
Eu tenho um desejo muito grande de transformar este mundo em um lugar melhor. Quero que muita coisa boa aconteça e que a gente possa ter mais responsabilidade com o nosso planeta, que é tão importante. Esse desejo de transformação é algo que me move. A segunda inspiração veio com a minha filha, a Julia, de 9 anos, que me inspira todos os dias.

Como foi voltar a escrever?
Eu resolvi escrever uma coleção de livros de educação financeira para crianças e adolescentes chamada Coleção Consciente de Educação Financeira, que eu queria que contemplasse todo o ciclo de educação, desde o infantil até o ensino médio. Mas como não acredito que tudo está associado a dinheiro, desenvolvi um método, antes de escrever, que fala sobre a educação financeira com base na sustentabilidade. O dinheiro nos ajuda a colocar a transformação em prática, mas ele depende da sustentabilidade, porque se a gente não cuidar do meio ambiente, que é de onde tira os recursos naturais, não temos como fazer essa mudança. Também é preciso que as pessoas sejam tratadas de maneira mais igual e que todos possam ter qualidade de vida. A partir disso, escrevi uma coleção com 15 volumes para os alunos e 15 volumes para os professores.

Como você mostra para as crianças que a educação financeira pode ser interessante?
Normalmente, a gente absorve melhor as informações por meio de histórias do que de cálculos matemáticos, por exemplo. Por isso quis trazer esse lado lúdico, com as personagens e histórias relacionadas ao cotidiano que sempre trazem algum tipo de desafio.

Como você transformou o desejo de mudar o mundo na ideia de trabalhar para educar as crianças e os adolescentes?
Eu acredito muito no poder das crianças. Vocês têm um potencial muito grande, porque os jovens não querem deixar o mundo de qualquer jeito. Nós temos a responsabilidade, enquanto adultos, de oferecer um mundo melhor, mas só acredito nessa transformação porque sei que podemos contar com os jovens.

Como os livros são feitos?
Os livros são muito mágicos, porque a gente começa a trabalhar em uma história e vai a transformando ao longo do tempo. Pode acontecer de você escrever algo e, no dia seguinte, resolver mudar tudo ou melhorar alguma coisa. Esse processo, que vai desde ter as ideias para criar os personagens até a história, leva mais ou menos um ou dois anos. Quando a história fica pronta, outros profissionais leem e revisam o livro, porque a minha ideia pode ser maravilhosa, mas pode não ter sido muito bem colocada ou pode ter algum erro gramatical. Depois, eu gosto de participar de todas as outras etapas. Quando o ilustrador vai criar os cenários, por exemplo, eu gosto de dar ideias. Também existe um processo de diagramação [em que a história é organizada nas páginas, geralmente por um designer] e de escolher o papel, e gosto de estar por dentro de tudo. Por fim, o livro chega à gráfica e é impresso.

Escrever livros é fácil?
É desafiador, mas é uma paixão. As pessoas que escrevem livros são muito generosas, porque você se expõe e leva seu livro até muitas pessoas que vão gostar, mas outras podem criticar. Então é difícil, mas é gostoso!

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 181 do jornal Joca.

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Comentários (2)

  • Angel

    1 ano atrás

    Incrivel

  • heitor 5 B

    1 ano atrás

    muito legal

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