Beatriz Santomauro

Entre os dias 14 e 16 de novembro, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), foi realizado o G20 Social, promovido pelo governo brasileiro e aberto ao público. O evento reuniu, pela primeira vez, organizações da sociedade civil, órgãos de governo, empresários e ativistas, em um total de mais de 33 mil participantes, entre eles muitas crianças e adolescentes. O evento foi um dos inúmeros encontros realizados este ano por ocasião da Cúpula do G20, que reúne os países com as economias mais fortes do mundo, ocorrida entre 18 e 19 de novembro, também no Rio de Janeiro.

#pracegover: multidão está parada diante de um palco com estrutura preta e detalhes coloridos. Crédito de imagem: Beatriz Santomauro

No G20 Social, uma carta elaborada por cerca de 50 mil crianças e adolescentes, de 60 países, foi entregue a autoridades brasileiras e do exterior. “Estamos vivendo um marco histórico, porque os direitos das crianças e a proteção desse público passou a fazer parte da agenda do G20 e aparece de forma transversal em diversas discussões”, afirmou JP Amaral, gerente de natureza do Instituto Alana, que faz parte da iniciativa Crianças no G20.

#pracegover: pessoas sentadas veem outras, que estão em pé em um palco, segurando certificados. Crédito de imagem: Beatriz Santomauro

Ynara F. e Julia T., de 17 anos, e Maria Eduarda R., de 16 anos, foram as responsáveis por entregar a carta com reivindicações de crianças e adolescentes de todo o mundo para ministros brasileiros e da África do Sul, país que presidirá o G20 em 2025. “Esperamos que levem em conta os direitos das crianças nas decisões que forem tomadas”, diz Ynara. O texto, formulado com apoio das organizações não governamentais (ONGs) Save the Children e Plan International, está dividido em três eixos: mudanças climáticas, igualdade de gênero e racial e erradicação da fome e da pobreza. Julia acredita que os temas da carta estão muito próximos do seu cotidiano. “Um dos exemplos está nas questões de raça e gênero, que são motivo de violência. Além disso, o mundo pode ficar mais destruído se as decisões tomadas hoje acentuarem as mudanças climáticas”, afirmou.

#pracegover: quatro meninas estão paradas diante de uma parede colorida e ilustrada com diversas casinhas. Crédito de imagem: Beatriz Santomauro

Ao todo, foram realizadas mais de 300 mesas de discussões de tópicos como fome, pobreza, desigualdade, sustentabilidade, mudanças climáticas, desafios em centros urbanos e governança. O resumo das propostas elaboradas nesses dias foi entregue aos representantes do G20, a fim de influenciar suas decisões.

A CÚPULA DO G20 

Em 1999, o grupo das 20 maiores economias do mundo formaram o G20 para discutir soluções para problemas sociais e financeiros. O grupo foi crescendo e, além do Brasil, fazem parte muitos países da Europa e África, China, Japão, Estados Unidos, Índia, Argentina e outros mais. 

Em 2024, pela primeira vez, o Brasil é o organizador (o chamado “presidente do G20”) do encontro. Ao longo do ano, foram realizadas diversas reuniões. Entre 18 e 19 de novembro, foi a vez de os chefes de Estado fazerem o encontro da Cúpula do G20, no Rio de Janeiro. As reuniões ocorreram no Museu de Arte Moderna, próximo à Baía de Guanabara, com jardins planejados pelo paisagista brasileiro Roberto Burle Marx.

#pracegover: uma pessoa controla uma câmera de vídeo enquanto uma menina segura um microfone. Crédito de imagem: Beatriz Santomauro

A OPINIÃO DE QUEM ESTEVE LÁ 

“Acho importante a gente ver o que está acontecendo no nosso país e ao redor do mundo e o que está mudando. Com isso, a gente vai tendo mais maturidade”, SUZANE S. 

“Os adultos podem até saber mais das coisas, mas a opinião das crianças pode valer mais, porque elas têm criatividade e muitas vezes prestam mais atenção. É importante ter crianças e adolescentes em espaços de decisão para compreender e aprender os assuntos”, KYARA C. 

“O G20 Social foi muito inclusivo, bom para socializar, tendo pessoas de todos os lugares. Adorei ouvir gente falando em inglês e até coreano”, ISABELLE L. 

“Eu achava que crianças e adolescentes não seriam escutados nunca. Mas, assim como estou aqui hoje, tenho certeza de que outros também estarão. Não desistam!”, MARIA EDUARDA R.

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