Crédito de imagem: Emiliano Vittoriosi/Unsplash/reprodução.

Com o lançamento de ferramentas de inteligência artificial (IA) cada vez mais avançadas, muitas escolas têm buscado maneiras de adaptar estratégias de ensino e conciliar a sala de aula com essa tecnologia. Enquanto alguns educadores têm uma série de receios sobre como os alunos vão usar a IA, outros aproveitam o recurso no trabalho com os estudantes.

É o caso do Colégio Vital Brazil, na cidade de São Paulo, que utiliza a plataforma Matific nas aulas de matemática. Essa ferramenta é capaz de, por meio de IA, oferecer exercícios personalizados aos estudantes, conforme a necessidade de cada um. Segundo Vanessa Inagaki, coordenadora pedagógica da instituição, o sistema ainda elabora relatórios aos professores que indicam as facilidades e dificuldades de cada aluno. A estudante do 5º ano Heloísa B. conta que uma vez perguntou à professora como o sistema era capaz de atribuir diferentes jogos para cada pessoa, e foi aí que ela conheceu o termo inteligência artificial. “Todo dia, entro na Matific para ver se tem um jogo novo, a própria plataforma atribui desafios para mim”, diz.

“Uma das competências gerais propostas pela Base Nacional Comum Curricular [documento que padroniza os currículos escolares de todo o país] é a cultura digital, que estabelece que o estudante deve ser capaz de fazer um uso qualificado e ético das diversas ferramentas existentes”, explica Vanessa.

Segundo Marcelo Lopes, diretor pedagógico e cofundador da Foreducation Edtech — empresa que promove o uso de tecnologias digitais nas escolas por meio de formações de professores e tecnologias próprias —, mesmo antes de os aparelhos eletrônicos surgirem, as inovações sempre causaram desestabilização na sociedade antes de ela aprender como conviver com elas. Não é diferente com a IA.

Arthur C. e Lara A., estudantes do ensino médio do Colégio Mater Dei de São Paulo (SP), acreditam que ferramentas como o ChatGPT (IA geradora de textos criada pela OpenAI, saiba mais na edição 199) auxiliam seus estudos, mas não substituem o aprendizado mediado por um professor. “[Esses recursos] não trazem a solução completa do problema, fazendo com que a gente ainda continue pensando e analisando”, explica Lara. Já Arthur diz: “O ChatGPT abrange todas as questões de modo bem geral e faz com que eu consiga decompor a ideia em partes e pequenas novas questões”.

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Comentários (2)

  • rafa

    1 ano atrás

    gostei

  • LUIS FELIPE

    1 ano atrás

    E ENTERESANTE SABER ISSO

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