Helena Rinaldi

Muitas crianças e adolescentes costumam jogar on-line para interagir com os amigos, ainda mais durante a pandemia e as férias escolares. Entretanto, algumas vezes, desconhecidos também fazem parte da diversão conectada.

Nesses casos, é preciso ter cuidado redobrado com a segurança. A seguir, confira o que leitores do Joca fazem para se manter protegidos:

“Já me perguntaram meu nome e em qual escola estudo quando eu estava jogando. Não respondi e fui falar com meus pais. Por isso, nós combinamos que eu não posso conversar com estranhos nem passar meus dados quando estou jogando. Eu tinha uns 200 amigos em um jogo, mas apaguei todos e hoje só tenho uns 14 — e conheço todos. Sempre peço permissão aos meus pais para baixar um jogo e só baixo os que são para a minha idade.” Luca G., 10 anos, de São Paulo (SP).

“Eu nunca digo meus dados pessoais quando estou jogando on-line. Para os desconhecidos, eu falo: ‘Desculpe, mas eu não posso falar’. Sobre as compras nos games, meu pai já fez algumas para mim e, em troca, eu tive que cumprir alguma tarefa, como dobrar as roupas.” Guilherme I., 9 anos, da Escola Eugenio Montale, em São Paulo (SP).

A especialista
Veja as dicas da Daniele Mio Corrêa, psicóloga escolar e clínica na Escola Eugenio Montale:

• Use apenas apelidos em vez do seu nome completo;

• Em caso de ameaças dentro do jogo, compartilhe com um adulto que possa ajudá-lo e não responda às provocações;

• Crie uma senha forte mesclando números, letras e caracteres. Troque de senha sempre e não a divulgue a ninguém;

• Ao terminar de jogar, verifique se saiu do game para evitar que outra pessoa use sua conta;

• Converse com seus pais sobre o que você pode compartilhar da sua vida com amigos virtuais.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 172 do jornal Joca.

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