O biólogo Guilherme Domenichelli responde dúvidas enviadas por nossos leitores
Sim, é verdade. As orcas são conhecidas por suas colorações preta e branca. Porém, em algumas regiões do mundo, como na Antártida, elas podem apresentar tons amarelados.
Essa diferença ocorre devido ao acúmulo de diatomáceas, um grupo de microalgas. As águas antárticas, ricas em nutrientes, oferecem condições ideais para o crescimento desses organismos.
Pesquisadores acreditam que, em águas extremamente frias, as orcas não conseguem realizar a troca natural de pele com eficiência. Isso favorece o acúmulo de uma espessa camada dessas algas no corpo.
O problema é que as diatomáceas são propícias para a proliferação de bactérias, que podem causar infecções. Mas há uma solução engenhosa: estudos recentes mostram que as orcas migraram para águas mais quentes dos trópicos justamente para facilitar a troca de pele e eliminar as algas.
Observações científicas confirmam que, nessas regiões mais quentes, as orcas renovam a pele com mais facilidade, removendo as camadas de diatomáceas. Depois, retornam à Antártida para se alimentar de suas presas favoritas, como focas, pinguins e peixes.
Até agora, esse comportamento foi observado apenas nas orcas. Outras espécies marinhas não apresentam condições ideais na pele para o crescimento dessas algas. Sorte delas!
Pergunta enviada pelos alunos do 3ºE do Colégio Arbos, São Bernardo do Campo – SP
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