Resenha sobre a saga do semideus Percy Jackson
A saga escrita por Rick Riordan, intitulada Percy Jackson, é mais uma das muitas obras escritas pelo autor que envolvem a mitologia grega. A coleção envolvente narra a história do semideus Percy Jackson, filho de Poseidon, e de alguns de seus amigos, como Annabeth Chase, filha de Atena, e Grover, um sátiro (ser que é metade homem, metade bode). Nessa jornada, são impostos a eles diversos desafios que testam seus limites e deixam a história muito mais dinâmica e interessante.
Composta por cinco livros, a saga possui uma infinidade de personagens, dentre eles, monstros, deuses, semideuses e até seres da natureza, sendo muito cômica e surpreendente. Apesar de ser bem lúdica e aparentemente infantil, a saga traz muitas reflexões sobre as atitudes humanas e corriqueiras, assim como nos mostra um pouco mais sobre a mitologia grega.
Durante as histórias, o autor introduz diversos seres mitológicos para atrapalhar Percy em sua jornada. Nessas passagens, o leitor é inconscientemente apresentado a reflexões sobre suas práticas e costumes. Apesar de elas não serem muito explícitas, o leitor, caso realmente se dedique ao livro e à sua interpretação, pode perceber tais reflexões e agregar as conclusões feitas à sua vida, melhorando como pessoa.
Quanto à escrita, a coleção é muito acessível, isto é, qualquer adulto, idoso ou criança consegue ler, entender e se divertir bastante, mesmo que haja algumas palavras pouco usadas atualmente – o que pode ser muito bom para o leitor, uma vez que isso o faz adquirir um vocabulário mais extenso e diversificado.
Ainda que seja incrivelmente boa, a saga foi, em minha opinião, estragada pelos filmes. Ao transformar o enredo de Percy Jackson em uma duologia de filmes, os diretores e produtores misturaram as histórias de modo que monstros da segunda obra apareceram no primeiro filme, como a Hidra, e outros da terceira e quarta obras, como o titã Cronos, apareceram logo no segundo filme. Isso causou uma grande confusão, que acabou por afetar o desenvolvimento e coesão da história.
Além disso, os filmes resumiram a história dos livros de tal forma que os personagens passaram a ser superficiais, algo totalmente contrário ao que acontece na saga, em que todos os personagens têm importância, personalidade própria e profundidade, ou seja, são bem complexos e desenvolvidos. Esses terríveis erros fizeram com que o projeto de um possível terceiro filme fosse abortado. Tal feito piorou ainda mais as coisas, já que o fim do segundo filme é bem aberto e não finaliza o enredo, necessitando de outro filme para pôr um fim decente na história.
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