Desde a ciência e computação até a luta por direitos sociais, diferentes mulheres mudaram o rumo da história
Em 8 de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher. A data foi criada para celebrar a luta pelos direitos femininos e a importância das mulheres na história e sociedade. A escolha do dia se deve a 8 de março de 1917, quando milhares de operárias protestaram na Rússia por melhores condições de trabalho e vida durante a Primeira Guerra Mundial. Esse evento ficou conhecido como Pão e Paz.
Vale ressaltar também que, muito antes disso, diversos acontecimentos e discussões levantaram a ideia da criação de um dia das mulheres. Clara Zetkin, jornalista e política alemã, sugeriu a instituição da data anos antes, em 1910.
Para comemorar, confira mais sobre algumas mulheres que, com seus atos e descobertas, mudaram completamente o rumo da história em diferentes áreas, como ciência, psicologia, computação e conquista de direitos sociais.
Marie Skłodowska-Curie foi uma física e química polonesa. Ela foi a primeira mulher a receber o prêmio Nobel de Física, ganhando também, oito anos depois, o Nobel de Química. Marie descobriu dois elementos químicos da tabela periódica: polônio e rádio. A descoberta da física mudou completamente a história e, com ela, foi possível a invenção dos exames de raio X, fundamentais para a medicina e ciência.
Em 1955, Rosa Parks, mulher negra norte-americana, recusou-se a ceder seu lugar em um ônibus para um homem branco e, com isso, ajudou a transformar o contexto em que vivia. Na época, os Estados Unidos tinham leis de segregação racial, determinando espaços públicos separados para a população branca e a negra. O ato de Rosa, que acabou iniciando um boicote aos ônibus de Montgomery, foi fator incisivo no início da luta contra a o racismo nos EUA. Com isso, ela se tornou símbolo do movimento dos direitos civis da população negra no país.
Nise da Silveira, psiquiatra brasileira, é considerada pioneira (pessoa que dá início a algum movimento ou atividade) na defesa de tratamentos humanizados para pacientes com transtornos mentais. No início do século 20, o Brasil abrigava manicômios, locais para onde pessoas com esses transtornos eram enviadas e recebiam tratamentos agressivos, com diferentes tipos de violência física e mental. Nise, com seu trabalho, usava expressões artísticas, contato com animais domésticos e outras práticas terapêuticas para tratar os pacientes. A profissional foi uma representante da luta antimanicomial no Brasil, tornando-se referência em tratamentos humanizados para pacientes com doenças psiquiátricas.
Chamada de a “mãe da programação”, Ada Lovelace criou, no início do século 19, o primeiro algoritmo processado por uma máquina, muitos anos antes do surgimento dos computadores. Ada, que nasceu no Reino Unido, era matemática e desenvolveu conceitos em máquinas analógicas que, mais tarde, seriam aplicados em eletrônicos. Assim, o feito da britânica originou e possibilitou a criação de algoritmos dos computadores modernos, provando que tecnologias poderiam operar com programações complexas.
O nome de Amelia Earhart inspira músicas, filmes e até mesmo fantasias. A aviadora, que sobrevoou o Oceano Atlântico sozinha, foi a primeira mulher a receber a Cruz do Voo Distinto, uma honraria militar atribuída a atos heroicos. Símbolo da aviação, ela foi essencial para inspirar outras mulheres a voar, escrevendo livros sobre sua experiência na área. Amelia desapareceu no Oceano Pacífico, em 1937, durante uma viagem em que pretendia realizar um voo ao redor do mundo.
Glossário:
Algoritmo: conjunto de regras e procedimentos lógicos que podem ser aplicados em sequência em diferentes programações de tecnologias.
Fontes: Universa UOL, Toda Matéria, Superinteressante, Globo, Brasil Escola, BBC e National Geographic Portugal.
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