Um estudo divulgado no dia 5 de junho pelo Instituto Trata Brasil, com dados do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS), mostrou que o desperdício de água potável diminuiu no país pela primeira vez em seis anos. Em 2022 (quando a pesquisa foi realizada), 37,8% da água produzida foi perdida antes de chegar às residências, um avanço em comparação aos 40,3% de 2021. O resultado, porém, está longe do ideal. De acordo com o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, a porcentagem de água perdida deve ser, no máximo, de 25%.

Em números absolutos, os dados de 2022 indicam que quase 300 milhões de litros de água deixaram de ser desperdiçados. A perda acontece em razão de problemas técnicos, como vazamentos em encanamentos e erros de leitura, e também envolve ação humana direta, como furto de água.

Em comparação com outros países, o desempenho do Brasil foi pior do que o da China em 2012 (20,54%) e o da Rússia em 2020 (26,59%), entre outros, mas superou o de nações como Argentina em 2020 (39,74%) e Índia em 2009 (41,27%).

O TAMANHO DO DESPERDÍCIO 

• Mais de 7,6 mil piscinas de água potável são desperdiçadas todos os dias. 
• A água potável perdida abasteceria toda a população do Rio Grande do Sul (10,6 milhões de habitantes) por mais de cinco anos. 
• Considerando as perdas por vazamentos, seria possível abastecer os 17,9 milhões de brasileiros que vivem em favelas por mais de três anos. 
• A redução do desperdício significaria não ter a necessidade de captação em novos mananciais (as nascentes de água), o que favoreceria a preservação do meio ambiente. 
• Uma redução das perdas anuais de 37,8% para 25% do total de água potável produzida resultaria em ganhos de 40,9 bilhões de reais até 2034.

FONTES: G1, METRÓPOLES, O GLOBO E INSTITUTO TRATA BRASIL.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 226 do jornal Joca.

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