Mais de 60% dos brasileiros de 5 a 11 anos não tomaram nem a primeira dose
Em nota publicada em 16 de março de 2022, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmou que a imunização das crianças é, atualmente, o maior desafio para a vacinação contra a covid-19 no Brasil. Por aqui, o público de 5 a 11 anos representa 9,5% da população – ou seja, a cada dez brasileiros, praticamente um está nessa faixa de idade. Desse grupo, 60,7% ainda não tomou nem a primeira dose.
Esses dados significam que, como as crianças representam uma parcela relativamente grande da população brasileira, investir na imunização dessa faixa etária pode ser a chave para melhorar a porcentagem de pessoas vacinadas.
De acordo com o estudo, as baixas taxas de imunização de crianças foram causadas pelas fake news (notícias falsas), que fazem pais e responsáveis ficarem com medo de vaciná-las.
Além das crianças, os jovens de até 29 anos são outro grupo com baixas taxas de imunização. Eles representam a única faixa etária que não possui cobertura vacinal completa (ou seja, primeira e segunda dose) acima de 80%.
Atualmente, o Brasil é o 13º país com maior taxa de vacinação contra a covid-19 do mundo, de acordo com um levantamento divulgado pelo site Our World In Data, da Universidade de Oxford, na Inglaterra. A lista, que traz os Emirados Árabes Unidos em primeiro lugar, mostra as nações que mais vacinaram (proporcionalmente ao tamanho da sua população). Veja a classificação:
Mudança de nome
Ao redor do mundo, em virtude da diminuição no número de casos e mortes pela doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estuda mudar o título da covid-19 de pandemia (nome dado a doenças disseminadas mundialmente) para endemia (doenças que surgem com frequência em determinado local).
As boas notícias, no entanto, não significam que não é mais necessário tomar cuidados para evitar a doença, segundo a pesquisa. Isso porque países da Europa e da Ásia, por exemplo, voltaram a registrar um aumento no número de casos – e, de acordo com o estudo, isso se deve principalmente à diminuição do ritmo da vacinação. Para que o mesmo não aconteça no Brasil, é importante garantir que a população não deixe de se imunizar.
Fontes: Agência Brasil, Fiocruz, Portal Fiocruz e Our World in Data.
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eu ja tome as duas dose
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