Outras regiões, por outro lado, decidiram esperar para administrar esse reforço
A aplicação da quarta dose da vacina contra a covid-19 começou, em 18 de março, para os idosos da cidade de São Paulo. A campanha teve início dois dias após o governador João Doria anunciar que a nova dose de reforço estará disponível no estado a partir de 21 de março. Por enquanto, quem pode tomar são os idosos de 80 anos que receberam o reforço (terceira dose) há pelo menos quatro meses.
A decisão de aplicar mais uma dose foi tomada após o Comitê Científico da Covid no estado avaliar, por meio de estudos, que ela seria necessária. Isso porque, durante a circulação da variante ômicron, houve mais mortes de idosos por causa da doença do que em outros picos da covid-19, que ocorreram em 2020 e 2021.
Até a publicação desta notícia, não havia nenhum imunizante específico indicado para a quarta dose – ou seja, a imunização estava sendo feita com as vacinas disponíveis em cada local.
Países como Israel e a França também já começaram a administrar a quarta dose na população. Em São Paulo, até então, esse reforço só estava sendo dado para imunossuprimidos (pessoas que têm o sistema imunológico, que protege o corpo de doenças, enfraquecido).
Outros locais do Brasil, por outro lado, decidiram esperar mais um pouco antes de vacinar a população com a quarta dose. É o caso da cidade do Rio de Janeiro, que tem a campanha de imunização marcada para começar apenas em julho. Em um comunicado, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirmou que não existem evidências científicas que comprovem que a quarta dose precisa ser administrada em menos de um ano após a terceira.
Variante deltacron
A aplicação da quarta dose da vacina em São Paulo ocorre em meio a discussões sobre a variante deltacron, que seria uma mistura entre as variantes delta e ômicron. Apesar de dois casos de brasileiros possivelmente contaminados pela cepa estarem sendo investigados, nenhum foi confirmado.
Os casos confirmados de pacientes contaminados pela deltacron ao redor do mundo ainda estão sendo estudados e monitorados. Entretanto, como o número de casos não subiu exponencialmente desde a confirmação dos primeiros confirmados (como ocorreu com as variantes delta e ômicron), é possível que a linhagem não seja tão transmissível.
Para saber como as mutações do coronavírus funcionam, clique aqui.
Fontes: BBC, Folha de S.Paulo, Governo do Estado de São Paulo e O Globo.
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