Conheça Pedro Cobiaco, quadrinista desde os 14 anos, e saiba mais sobre essa profissão.
por Helena Rinaldi
Em 30 de janeiro é comemorado o Dia do Quadrinho Nacional. Para entender melhor a profissão dos quadrinistas e o que é preciso para seguir essa carreira, o Joca conversou com Pedro Cobiaco, 22 anos, um profissional que trabalha na área desde os 14.
Filho de quadrinista, Pedro sempre teve acesso ao mundo dos quadrinhos por causa da carreira do seu pai, Fábio Cobiaco, que trabalha na área desde os anos 1980. Em 2009, quando tinha 13 anos, o menino decidiu criar um blog para divulgar seus trabalhos. Apenas um ano depois, Pedro começou a trabalhar na Folhinha, o encarte infantil do jornal “Folha de S.Paulo”.
“Cresci rodeado de quadrinistas e vinha inspiração de todo lado, mas isso não é essencial para seguir a carreira”, esclarece. “Já quis trabalhar com várias coisas, mas como notei que tudo o que eu queria fazer era para me expressar, os quadrinhos foram um caminho natural, porque eu sempre fui apaixonado por histórias assim.”
Desde que começou a fazer quadrinhos profissionalmente, Pedro tratava de temas divertidos e cotidianos. “O que eu gosto muito é que você pode contar o que quiser, seja sobre o dia que você teve na escola, um episódio que te marcou ou qualquer outra coisa que te inspire a escrever uma história”, conta.
Como criar uma história em quadrinhos
A primeira coisa que Pedro faz é criar o protagonista. Esse processo vem do jeito mais inusitado possível: geralmente, os personagens que mais o entretem são aqueles que ele desenha no caderno, sem nenhuma intenção de torná-los parte de uma história. “É o personagem que me guia pela história. Se ele me intriga eu fico com vontade de compartilhar a sua vida e começo a trabalhar nele”, explica.
O quadrinista diz que todos seus personagens parecem ter uma alma, por suas personalidades muito próprias. Para criar essas características, ele se inspira nos seus amigos, pegando um pouco da personalidade de cada um deles, e até alguns aspectos dele mesmo.
Um de seus personagens principais, Eric, era praticamente a versão em quadrinhos de Pedro. Como tanto o personagem quanto seu criador tinham o mesmo humor, ideias e características físicas, conforme Pedro foi crescendo e ficando mais velho, Eric foi evoluindo junto.
O próximo passo é criar seu dia a dia e tudo o que envolve o protagonista. Depois, basta decidir qual será o tema da história e pesquisar as referências usadas para dar vida à sua criação. Para isso, Pedro recomenda temas que interessem ao próprio cartunista: “Falar sobre o que você gosta é muito mais simples e divertido do que tratar de temas que os outros querem, porque assim você tem certeza de que vai querer acabar a história”.
O que é preciso para ser quadrinista?
Para Pedro, um lápis e um pedaço de papel são as únicas coisas que uma criança precisa para começar a fazer quadrinhos. De acordo com ele, como essa profissão é mais livre e pessoal, não há uma fórmula pronta. Assim, é possível inovar e criar o que tiver vontade, porque a imaginação é o limite.
“A dica que eu acho mais importante é começar por coisas simples. Fazer uma tirinha ou uma página inteira pode ser muito difícil, então, começando por desenhos menores, você não corre o risco de desistir no meio do processo”, recomenda Pedro.
Fora isso, ele também aconselha desenhar sempre, principalmente personagens já famosos de que você gosta. Deste modo, você pode ir descobrindo seu próprio estilo.
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bem dora. adoro quadrinhos!!!!!
que chato!!!
batata legal
Eu gosto do gibi da Mônica.
...O que...?
oi
...e como esse gênero literário é adorado e fala diretamente com seus leitores. Os alunos no Laerte não perdem uma só historia do Joca em quadrinhos. #amamosjocadetodasasformas
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