Em 28 de outubro, um estudo da universidade ETH Zürich e da Universidade de Basel, ambas na Suíça, mostrou que uma mutação do novo coronavírus (versão diferente do vírus) está se espalhando pela Europa.

De acordo com o estudo, a nova versão do vírus foi registrada pela primeira vez em junho, em uma região agrícola no nordeste espanhol. Os cientistas ainda não sabem dizer se ela é mais forte ou mais fraca do que o novo coronavírus original.

Mutações surgem durante o processo de reprodução do vírus, em que ele está fazendo cópias de si mesmo. Em uma dessas cópias, o vírus pode cometer um erro em seu genoma (partes que o formam). Esse erro vai se replicar nas próximas cópias, fazendo com que se transforme em algo diferente. É como se, ao fazer a cópia de uma folha de papel, você borrasse a folha e, então, fizessem cópias do papel borrado (e não do original).

Trata-se de um processo natural — centenas de mutações do novo coronavírus já foram encontradas desde que a pandemia começou. A diferença é que a de agora, chamada 20A.EU1, está se espalhando mais rapidamente.

Em setembro, a variante se tornou maioria entre os novos infectados de alguns países. Na Suíça, Irlanda e Reino Unido, por exemplo, até 70% de novos pacientes com covid-19 são portadores do vírus novo. Não há diferenças nos sintomas apresentados.

Ao todo, a mutação está presente em 12 países da Europa, além da Nova Zelândia e em Hong Kong. Não havia registros no Brasil até o fechamento desta edição.

Novas restrições na Europa
Para conter o crescimento da segunda onda de contágios, vários países europeus adotaram novas medidas de isolamento social. No dia 4 de novembro, o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, anunciou que vai impor restrições com base no número de casos de cada região. A Lombardia, por exemplo, entrará em lockdown (confinamento) parcial — parte dos estudantes poderá continuar indo à escola, por exemplo.

Portugal também adotou o mesmo tipo de confinamento no dia 4. A partir de 10 de novembro, o país entra em estado de emergência sanitária por duas semanas. Isso permitirá que o governo endureça as medidas de restrição para conter o vírus.

Em 31 de outubro, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou um confinamento mais rígido a partir de 5 de novembro, com duração de um mês e possibilidade de ser estendido.

Vista do trânsito em uma via de Cardiff, no País de Gales, Reino Unido | #pracegover: imagem de rua, sem carros e sem pessoas. Uma placa, escrita em inglês, diz para as pessoas continuarem em casa e, assim, salvarem vidas. Foto: Huw Fairclough/Getty Images

Fontes: BBC, IstoÉ, G1, O Globo, The Local e UOL.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 160 do jornal Joca.

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Comentários (2)

  • Reino Unido identifica mutação do novo coronavírus | Jornal Joca, para jovens e crianças

    3 anos atrás

    […] — diversas mutações do novo coronavírus já foram encontradas desde que a pandemia começou. Clique aqui para relembrar outra mutação do novo coronavírus, identificada na […]

  • Matérias do Joca sobre o novo coronavírus - Jornal Joca

    3 anos atrás

    […] Cientistas identificam mutação do novo coronavírus na Europa […]

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