Shane Farritor, professor de engenharia de Nebraska e cofundador da Virtual Incision, observa enquanto o doutor Michael Jobst, especialista em cirurgia colorretal em Lincoln, faz o primeiro corte cirúrgico robótico na Estação Espacial Internacional. Crédito de imagem: Craig Chandler/Comunicação e Marketing Universitário/reprodução

Em 10 de fevereiro, um grupo de médicos controlou, aqui da Terra, um braço robótico instalado na Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês). Batizada de SpaceMIRA (sigla para Assistente Espacial Robótico in Vivo Miniaturizado, também em inglês), a invenção possibilitará a realização de cirurgias emergenciais em pessoas que estejam na órbita terrestre, mesmo sem a presença física de cirurgiões.

O primeiro teste do robô simulou (ou seja, fez de conta) uma cirurgia em camadas de tecidos elásticos e foi considerado um sucesso. O SpaceMIRA foi desenvolvido pela Virtual Incision (VIC), empresa que pesquisa e produz sistemas robóticos para cirurgias, em parceria com a Universidade de Nebraska-Lincoln. Segundo a VIC, o SpaceMIRA é o primeiro dispositivo miniaturizado de cirurgia assistida por robótica (miniRAS) em desenvolvimento.

Estação Espacial Internacional: laboratório espacial que orbita (gira ao redor) o Planeta Terra a uma velocidade aproximada de 28 mil km/h.

Durante o teste, a equipe de seis médicos controlou o robô, de cerca de 30 centímetros e 2 quilos, movimentando os dois braços do dispositivo com o auxílio de uma câmera, segurando, esticando e cortando os tecidos. Segundo nota divulgada pela Universidade de Nebraska-Lincoln, o procedimento enfrenta um leve atraso entre os comandos dados aqui da Terra e os movimentos.

“Você tem que esperar um pouco para que o movimento aconteça; são movimentos mais lentos do que os habituais na sala de cirurgia”,

explica Michael Jobst, um dos cirurgiões que comandou o robô.

O aparelho foi levado ao espaço em 30 de janeiro, em um foguete da empresa SpaceX, e instalado no dia 8. Segundo a VIC, ele pode não só ajudar no processo de cirurgias no espaço, como também em locais de difícil acesso do planeta.

“Por mais emocionante que seja ter a nossa tecnologia no espaço, esperamos que o impacto dessa investigação seja mais notável na Terra. A introdução do [braço robótico] tem o potencial de revolucionar a saúde, tornando aptos todos os robôs da sala de cirurgia. Estamos dando um passo significativo ao desenvolver o MIRA, um dispositivo experimental atualmente sob revisão da Agência de Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA”,

disse John Murphy, presidente e CEO da Virtual Incision.

Fontes: SpaceX, Virtual Incision, University of Nebraska–Lincoln, CNN e Olhar Digital.

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