Skatista Rayssa Leal se tornou a medalhista olímpica mais jovem do Brasil
Em 26 de julho, a skatista Rayssa Leal, também conhecida como Fadinha, tornou-se a medalhista olímpica mais jovem do Brasil após conquistar a prata na Olimpíada de Tóquio. A atleta de 13 anos disputou na modalidade skate street, em que existem obstáculos como escadas, corrimões e rampas para dificultar o percurso. Ela subiu ao pódio com as japonesas Momiji Nishiya, também de 13 anos e campeã da vez, e Funa Nakayama, 16 anos, que conquistou o bronze.
Rayssa ganhou fama em 2015, quando postou um vídeo na internet vestida de fada enquanto fazia uma manobra chamada heelflip, em que o skate dá um giro inteiro para o lado — manobra de alta dificuldade. Hoje, além da medalha olímpica, Rayssa acumula o título de vice-campeã mundial, conquistado em 2019, e o bronze no mundial de 2021.
Além dela, outro brasileiro conquistou a prata no skate street em Tóquio: Kelvin Hoefler, de 27 anos, que se tornou o primeiro brasileiro medalhista desta edição dos Jogos Olímpicos, em 25 de julho. No mesmo dia, o judoca Daniel Cargnin, de 23 anos, levou o primeiro bronze do Brasil nesta edição. Ele é o 13º melhor em sua modalidade na classificação mundial de judô.
Cerimônia de abertura
Como a organização dos jogos pretende fazer com que essa Olimpíada seja a mais sustentável da história, foram adotadas diversas alternativas ecológicas na cerimônia de abertura, realizada em 23 de julho. A chama olímpica, por exemplo, que fica acesa durante todos os dias do evento, está sendo alimentada por hidrogênio, gás que não emite poluentes enquanto queima. A escolhida para acender a pira (escultura que sustenta a chama olímpica) foi a tenista japonesa Naomi Osaka, de 23 anos, uma das principais atletas e ativistas na luta contra o racismo no país.
Para evitar o contágio pelo novo coronavírus, apenas quatro brasileiros participaram da cerimônia: Marco La Porta, vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), uma funcionária administrativa e os medalhistas Ketleyn Quadros, do judô, e Bruninho, capitão do time masculino de vôlei.
Protestos no Japão
Do lado de fora da arena onde a cerimônia de abertura ocorria, manifestantes japoneses protestavam contra a realização dos jogos no país — eles têm medo de que a Olimpía- da agrave a pandemia por lá.
De acordo com um levantamento feito pelo jornal Asahi Shimbun, um dos principais do país, sete a cada dez japoneses acreditam que o evento não terá a segurança necessária para evitar que o novo coronavírus se espalhe, tanto para os envolvidos na Olimpíada como para os habitantes. Já o Comitê Olímpico Internacional (COI) voltou a afirmar, em 19 de julho, que o evento é seguro para os envolvidos na Olimpíada e os cidadãos japoneses e que segue os protocolos necessários para que o contato entre todos seja mínimo.
Olimpíada de Tóquio em números
• Essa é a 33ª edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna.
• Ao todo, 206 delegações fazem parte do evento.
• A delegação brasileira é composta por 301 atletas. É o maior número que o país já enviou para uma Olimpíada.
• Foram fabricadas 5 mil medalhas para as três primeiras colocações.
• Os atletas competirão em 33 modalidades.
• Os Jogos Olímpicos terão um total de 339 eventos de medalha, ou seja, a disputa por medalhas olímpicas acontecerá 339 vezes.
Protocolos de segurança contra a covid-19
A média diária de casos de covid-19 anda alta no Japão. Até o fechamento desta edição, o COI tinha confirmado 153 casos da doença entre os envolvidos na Olimpíada — 19 dos infectados são atletas. Para evitar que
o vírus se espalhe ainda mais, os organizadores estabeleceram uma série de regras e protocolos que devem ser respeitados por funcionários, atletas e torcedores.
Veja alguns deles:
• Todos os atletas fazem testes diários. Caso algum resultado dê positivo para o vírus, a pessoa deve cumprir isolamento e ficar de fora do evento. De acordo com a estimativa do COI, um em cada cinco atletas não estão vacinados.
• Os torcedores só podem entrar em cinco das 43 instalações olímpicas. Isso significa que boa parte das disputas acontecerá sem público — nas que tiverem torcedores, a ocupação deve ser de metade da capacidade do local. Apenas moradores do Japão podem comparecer às disputas olímpicas.
• Os torcedores devem usar máscara o tempo todo e manter uma distância de 1,5 metro entre si. Essas regras também valem para atletas, embora haja exceções. No futebol, por exemplo, os jogadores não precisam usar máscara e manter distanciamento social em campo.
Fontes: Autoesporte, CNN Brasil, Correio Braziliense, DCI, Globo Esporte, G1, Olympics, R7, Skate Deluxe, Superinteressante e UOL.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 173 do jornal Joca.
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