O desmatamento na Amazônia entre agosto de 2018 e julho de 2019 foi o maior da década. Foto: Mayke Toscano/Gcom-MT
O desmatamento na Amazônia entre agosto de 2018 e julho de 2019 foi o maior da década. Foto: Mayke Toscano/Gcom-MT

De agosto de 2018 a julho de 2019, a Amazônia perdeu 9.762 quilômetros quadrados de floresta (o mesmo que seis cidades de São Paulo), segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Este foi o maior desmatamento em dez anos, desde que o Inpe registrou um desmatamento de 12.911 quilômetros quadrados entre agosto de 2007 e julho de 2008.

O número significa um aumento de quase 30% em relação ao período anterior (contado de agosto de 2018 a julho de 2018), em que 7.546 quilômetros quadrados foram desmatados. 

O que dizem as Organizações Não Governamentais (ONGs)

As ONGs que defendem o meio ambiente afirmam que o principal motivo para o aumento é a falta de fiscalização do governo, que não teria projetos suficientes para diminuir o desmatamento.

O que diz o governo

Em um comunicado oficial, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que o aumento do desmatamento é culpa de mineradoras e pessoas que exploram as terras sem autorização do governo. Para ele, “grande parte dos problemas vêm de gestões [governos] anteriores”. 

Ele também disse que é necessário buscar uma nova estratégia para diminuir o desmatamento e que serão enviados cientistas e grupos de pesquisa para a região, de modo a pensar em alternativas sustentáveis para manter a economia na área.

O desmatamento na Amazônia entre agosto de 2018 e julho de 2019 foi o maior da década. Foto: Mayke Toscano/Gcom-MT
O desmatamento na Amazônia entre agosto de 2018 e julho de 2019 foi o maior da década. Foto: Mayke Toscano/Gcom-MT

Causas do desmatamento na Amazônia

As principais razões para o desmatamento na região são:

Extração: quando são desmatadas áreas de vegetação para retirar materiais que podem ser vendidos, como madeira e ouro;

Pecuária (cultivo de animais como bois, vacas e cavalos): as áreas são queimadas para abrir espaço para os animais ficarem;

Queima de lixo: usado para queimar restos, o fogo pode sair do controle e atingir áreas de floresta. 

Consequências do desmatamento e das queimadas

Aumento do fogo: de acordo com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), o aumento do fogo na região em 2019 está relacionado principalmente ao desmatamento;

Morte de animais: eles perdem a vegetação que servia como alimento e casa;

Prejuízo para a saúde humana: fumaça causa problemas como falta de ar, tosse e inflamações na garganta; 

Piora do efeito estufa: quando as árvores são queimadas, liberam gás carbônico na atmosfera. Isso piora o efeito estufa (que é o aumento da temperatura do planeta causado por gases poluentes “presos” na atmosfera, o que dificulta a saída do calor);

Menos chuva: as árvores geralmente liberam vapor d’água, que forma as nuvens de chuva. Mas, sem a vegetação, acaba chovendo menos, o que prejudica a produção de alimentos. 

Possíveis soluções

Algumas possibilidades de soluções para o desmatamento na Amazônia são: 

– Iniciar uma campanha de prevenção de queimadas e sobre a importância da Amazônia e de outros biomas;

– Aumentar a fiscalização contra o desmatamento ilegal;

– Investir em equipamentos e equipes para combater o fogo.

Fontes: El País, Folha de S.Paulo, G1, Nexo e Poder 360.

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Comentários (1)

  • mlms54

    4 anos atrás

    Yeet

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