No chá com o coelho e o Chapeleiro

Alice no País das Maravilhas tem algo de extraordinário que fez com que se tornasse o clássico infanto-juvenil amado por crianças e adultos 150 anos depois de sua publicação, no século XIX.

Alice completa 150 anos!
O coelho da história

A história da menina que cai numa toca de coelho e acaba indo parar no que ela chamou de “País das Maravilhas” continua cheia de enigmas e mistérios.

As curiosas aventuras da garotinha no País das Maravilhas intrigam crianças e adultos há mais de um século. O livro se tornou um clássico, uma história lida em todo o mundo.

Quando foi lançado “Alice no País das Maravilhas” se tornou um marco na literatura infantil. Isso porque os livos mais mais antigos para crianças só falavam de educação, ensinavam a ser uma boa criança mas não divertiam, não entretinham, não provocavam a imaginação.

O escritor Lewis Carroll mudou isso. Contou a história de uma menina que dava broncas em adultos, em um mundo confuso onde todos são indelicados e loucos.
A interpretação dos mistérios
O livro e a história tem um lado obscuro. Já sugeriram que as comidas mágicas que Alice comia, faziam alusão as drogas. Ela come cogumelos mágicos, conversa com uma lagarta que fuma. Será uma má influência? O que o autor quis dizer com isso?

Leitores procuram significados ocultos no texto. Vários personagens perguntam a ela ‘quem é você’ – e ela nem sempre responde de uma forma clara. Talvez seja para representar a dificuldade que a menina tem de enfrentar o crescimento. Ela cresce mas não sabe quem é.

Quando Alice cai na toca do coelho e entra em um mundo estranho cheio de criaturas bizarras, seu primeiro encontro é com a lagarta. Este símbolo pode ser interpretado como a transformação que Alice (e todas as crianças vivem ao deixarem de ser crianças para se tornarem adolescentes).

Lagarta que fuma? Que má influência…

Carroll era matemático e ele traz a matemática para o livro. No livro há um jogo de xadrez em que as rainhas se locomovem por casas, até o cheque mate, ou seja; o final da história.

Dizem que Alice realmente existiu.Era uma garota chamada Alice Liddell. Quando Carroll dava aulas em Oxford, na Inglaterra, conheceu Henry Liddell, pai de 3 meninas – Alice, Lorina e Edite A verdadeira Alice era a filha de Henry, uma garotinha de 7 anos que virou musa inspiradora do livro, “Melhor Amiga” e modelo de uma série de fotos.

A maior parte das aventuras foram baseadas em pessoas, situações e edifícios de Oxford e da Christ Church. O Buraco do Coelho simbolizava as escadas na parte de trás do salão principal na Christ Church e acredita-se que havia uma escultura de um coelho lá.

Carroll não era nada sociável, assim como a grande maioria dos gênios. Era uma pessoa solitária, gago e muito tímido. Ele vencia suas dificuldades ao escrever e contar histórias.

Os personagens de Alice, foram influenciados pelo dia-a-dia do autor que dizia conviver com malucos. Todos, sem exceção (até mesmo Alice) tem um pouco de loucura, como o Chapeleiro, a Lebre ou a Rainha de copas.

Ambos os livros infantis de Carroll contêm inúmeros problemas de matemática e lógica ocultos no texto. Em Alice no país das maravilhas, muitos enigmas contidos em suas obras são quase que imperceptíveis para os leitores atuais, pois continham referências da época, piadas locais e trocadilhos que só fazem sentido na língua inglesa.

Por exemplo, no capítulo 9, o Grifo (animal mitológico) diz quantas horas por dia estudava: “Dez horas no primeiro dia, nove no seguinte, e assim por diante”. Alice responde: “Nesse caso, no décimo-primeiro dia era feriado?” Ela está certa.

A obra ganhou novas versões e já são mais de 20 produções cinematográficas de Alice no País das Maravilhas, sendo a primeira de 1903, em um filme mudo dirigido por Cecil Hepworth e Percy Stow.

A modelo que inspirou o desenho de Alice

As mais famosas são a versão dos Estúdios Disney, de 1951, e de Tim Burton, de 2010 – que chamou a atenção para a história novamente, fazendo com que editoras como Cosac Naify e Zahar produzissem várias novas edições do livro.

Dos entendimentos mais inocentes aos mais complexos, existem pessoas que acreditam que Alice era esquizofrênica, vivia em um sanatório e a toca do coelho era a janela de seu quarto, onde passou toda sua vida e de onde desejava sair para conhecer o mundo.

Outros dizem que as transformações corporais sofridas por Alice são uma metáfora para o crescimento de meninas com a chegada da puberdade, oportunidade para inúmeras interpretações psicanalíticas.

O fato é que existem milhares de interpretações sobre a obra de Carroll e com o passar dos anos novas visões aparecem, o que é fascinante.

Curiosidades
Lewis Carroll escreveu e deu o primeiro livro para Alice como presente de Natal.

Alice no País das Maravilhas e Alice através do espelho tiveram suas primeiras adaptações cinematográficas em 1903 e 1915, respectivamente.

Nos anos 1930, Alice no País das Maravilhas foi banido na China, porque alguns julgavam desrespeitoso que personagens animais fossem capazes de usar a linguagem humana.

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Comentários (4)

  • HELENA BARBOSA COSTA

    7 anos atrás

    critica:eu gostei de todo o filme menos de uma parte a que aparece a lagarta fumando traz mas influencias para nós crianças

  • João Figueiredo de Araújo

    7 anos atrás

    eu adoro muito Alice no Paìs das Maravilhas mas não sabia que tinha 150 anos

  • Andre

    4 anos atrás

    eu tambem

  • Luiz Felipe Varela Molnar

    7 anos atrás

    oh oh oh oh oh!!!!

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