Em seu discurso, a nova procuradora afirmou que ninguém está acima ou abaixo da lei. Indicada por Michel Temer, Raquel entra no lugar de Rodrigo Janot.
A nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, assumiu o cargo nesta segunda-feira, 18 de setembro. Em seu discurso de posse ela disse que o Ministério Público tem a função de “assegurar voz a quem não tem e garantir que ninguém esteja acima e da lei”.
Raquel está no Ministério Público Federal (MPF) há 30 anos e foi indicada ao cargo ocupado por Rodrigo Janot nos últimos quatro anos pelo presidente Michel Temer. Ela entra para a história como a primeira mulher a ocupar a chefia do Ministério Público da União (MPU).
A cerimônia de posse contou com a presença da família e dos amigos de Raquel, além do presidente Michel Temer, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Como a mais nova responsável pelo andamento da Operação Lava Jato, Raquel não comentou sobre as investigações do esquema de corrupção, nem sobre a denúncia de Janot, que encerrou seu mandato denunciando Temer por obstrução de justiça e organização criminosa.
Raquel disse apenas que “o Brasil seguirá em frente” porque o brasileiro “acompanha as investigações e julgamentos, e não tolera a corrupção”.
Glossário
Ministério Público – é um órgão independente que fiscaliza os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
Procuradoria-geral da República – é o chefe do Ministério Público Federal.
Obstrução da justiça – o termo significa tentar impedir ou atrapalhar a Justiça de forma proposital.
Organização criminosa – grupo de pessoas que tem o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem por meio de atitudes ilegais.
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