Ataques deram início a uma nova fase no conflito entre Irã e Israel; ONU e União Europeia pedem calma
Na noite de 21 de junho, o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, afirmou que o país havia bombardeado três instalações nucleares do Irã. Em resposta, a nação do Oriente Médico lançou, no dia 23, mísseis contra bases militares dos EUA localizadas no Catar e Iraque.
Em seu anúncio, Trump disse que os ataques de sábado foram bem-sucedidos e de grande precisão. Os alvos foram três complexos nucleares iranianos importantes: Fordow, Natanz e Isfahan, que, ainda de acordo com o presidente, foram completamente destruídos.
Após o anúncio norte-americano, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, condenou o bombardeio e solicitou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que convoque uma sessão de emergência para discutir o acontecido. Araghchi também afirmou que os EUA “cruzaram uma linha vermelha muito grande” ao atacar o país.
No pronunciamento de Trump, ele disse que a ação norte-americana teve o objetivo de impedir que o Irã desenvolvesse armas nucleares — dispositivos explosivos com poder de destruição maior do que armas comuns.
A operação marcou a entrada dos EUA no recente conflito entre Israel e Irã, que começou no dia 13 de junho.
O governo de Israel afirma que o Irã está cada vez mais próximo de desenvolver uma bomba atômica, violando acordos internacionais como o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) e o Acordo Nuclear de 2015 (JCPOA), dos quais o Irã faz parte e que impõem limites ao seu programa nuclear.
Armas nucleares são bombas extremamente poderosas, capazes de destruir cidades inteiras em poucos segundos. Em consequência desse perigo, a maioria dos países do mundo assinou o TNP, que proíbe a criação dessas armas por aqueles que ainda não as têm. Apenas algumas nações, como Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido, podem manter esse tipo de armamento, pois desenvolveram as bombas antes de o tratado existir. O Irã faz parte desse acordo e, por isso, não pode produzir armas nucleares — apenas para fins pacíficos, como gerar eletricidade.
Os conflitos do fim de semana deixaram todo o mundo em alerta. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, avaliou a situação como uma “escalada perigosa numa região já à beira do abismo”.
Já a União Europeia (UE) pediu que todas as partes recuem e voltem a negociar para evitar a piora da situação. Ela acrescentou que o Irã não deve desenvolver armas nucleares e que os ministros das Relações Exteriores da UE discutirão a situação no dia 23.
A Rússia classificou a ação dos EUA como irresponsável e afirma estar preparada para ajudar o Irã, seu principal aliado no Oriente Médio. Outras nações, como Reino Unido, Alemanha, França e Brasil destacaram a importância de negociações para que uma solução diplomática seja feita sem mais conflitos.
Fontes: G1, InfoMoney, CNN Brasil e O Globo.
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