Protesto contra a piora das condições de vida dos aposentados tem apoio de torcedores dos principais clubes de futebol
No dia 19 de março, as ruas de Buenos Aires, capital da Argentina, foram tomadas por milhares de aposentados, que marcharam ao lado de torcidas organizadas de pelo menos 30 clubes de futebol, sindicatos e movimentos sociais. O protesto exigia melhorias no sistema de aposentadoria e foi motivado pelos ajustes promovidos pelo presidente Javier Milei.
Às quartas-feiras, centenas de aposentados se reúnem em frente ao Congresso Nacional para protestar contra a piora de suas condições financeiras. Desde a eleição, em dezembro de 2023, Milei tem implantado medidas drásticas para reduzir os gastos públicos. Os idosos estão entre os mais afetados: quase 60% recebem um salário mínimo — equivalente a cerca de 1.500 reais — mais um bônus de algo em torno de 400 reais, que foi congelado pelo governo em 2024. Além disso, o fornecimento de remédios gratuitos foi reduzido, e os preços dos medicamentos dobraram no ano passado.
Como os torcedores aderiram à causa?
As torcidas organizadas se uniram ao movimento após a forte repressão policial em protestos anteriores. Em um deles, um idoso vestindo a camisa do Chacarita Juniors teve o pulso quebrado. Em resposta, torcedores do clube participaram da manifestação seguinte, o que levou à adesão de outras torcidas. Torcedores de gigantes como River Plate e Boca Juniors também estiveram envolvidos na mobilização mais recente.
O Ministério da Segurança da Argentina declarou que, diante da participação das torcidas organizadas, instalaria medidas rigorosas para garantir a ordem e segurança pública. Por outro lado, os torcedores afirmam que sua presença nos protestos é motivada pelo apoio aos pais e avós.
Fontes: O Globo, CNN Brasil e UOL.
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