Esta matéria foi originalmente publicada na edição 237 do jornal Joca
O Al Nassr, clube da Arábia Saudita, surpreendeu ao fazer uma proposta, até hoje inédita no mundo do futebol, ao jogador do time Cristiano Ronaldo: uma renovação de contrato que inclui, além de salário anual de 183 milhões de euros (aproximadamente 1,1 bilhão de reais), 5% de propriedade do clube.
A proposta está sendo chamada de “contrato do século” e, até o fechamento da edição 237 do Joca, não havia sido confirmada oficialmente. Se for adiante, pode transformar a relação entre jogadores e clubes. Apesar de esse tipo de participação não ter precedentes no mundo do futebol, é comum entre empresas e recebe o nome de stock options.
Stock options é um benefício que as companhias oferecem aos funcionários, dando-lhes o direito de comprar ações da própria empresa. Funciona assim: em vez de receber apenas o salário, o funcionário também adquire ações da organização, o que o torna sócio.
Ao longo do tempo, se a empresa cresce, o valor das ações sobe e o ganho do funcionário também fica maior. O objetivo é fazer com que todos se sintam estimulados a fazer a companhia prosperar.
No caso de CR7, a proposta é similar: ele poderia participar de decisões estratégicas, como contratações, investimentos e acordos de patrocínio, e o valor de sua participação aumentaria conforme o crescimento e a valorização do clube.
Segundo especialistas, essa abordagem representa uma mudança significativa na relação tradicional entre clubes e atletas. Normalmente, os jogadores são apenas funcionários que recebem salários — por mais altos que sejam. Com o novo modelo, os atletas se tornam parceiros estratégicos e têm interesse direto no sucesso a longo prazo da instituição.
Se o contrato se concretizar, Cristiano Ronaldo não apenas consolidará sua posição como o jogador mais bem pago do mundo, como impulsionará uma nova relação entre clubes e atletas.
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