#pracegover: IA de uma mulher com blusa azul que está parada. Ela tem cabelo preto na altura do queixo e usa batom cor-de-rosa. Crédito de imagem: reprodução

Ela está em todo lugar. A inteligência artificial (IA) tem tomado cada vez mais espaço no mundo das artes, provocando debates e reflexões sobre o uso da tecnologia. Pesquisadores e profissionais da área tentam entrar em um consenso para entender até que ponto a utilização dos sistemas automatizados é aceitável e quando a linha que se faz perder o fator humano das obras é ultrapassada. É uma discussão que está longe de acabar. Conheça alguns casos em que a IA se destacou artisticamente e sua repercussão.

NO CINEMA 

Em 2024, o Festival Internacional de Cinema de Veneza, um dos mais importantes do mundo, promoveu uma competição de curtas-metragens feitos com o uso de IA. O prêmio foi para To Dear Me (“Para o querido eu”, em tradução livre para o português), que conta a história de uma menina aprendendo a lidar com o divórcio dos pais em um estilo de animação que lembra pinturas clássicas. “Há pessoas que sempre lutarão contra [a IA], como sempre acontece em qualquer tipo de transição, e haverá entusiastas. Mas é como um tsunami, você não pode parar”, disse Filippo Rizzante, organizador do evento, em entrevista à agência de notícias Reuters.

NA LITERATURA 

Diversos livros produzidos com IA estão sendo comercializados. Em 2024, a empresa de pneus Continental patrocinou uma versão modernizada de A Volta ao Mundo em 80 Dias, publicado pelo escritor Júlio Verne, em 1872. Batizada de A Volta ao Mundo em 80.000 Km, a história foi trazida para o presente e adapta cenários e cenas mantendo o estilo e linguagem da obra original. Já na Amazon, o maior serviço de vendas de livros digitais do mundo, tantas publicações escritas por bots estavam aparecendo que a empresa precisou intervir. Agora, a companhia só permite a publicação de, no máximo, três livros diários por pessoa. Recentemente, a Microsoft anunciou que pagará 5 mil dólares (cerca de 30 mil reais) para escritores que escolherem ceder suas obras para treinar robôs.

NA PINTURA 

Em 2023, o Museu Mauritshuis, localizado nos Países Baixos, provocou polêmica ao expor uma obra de arte completamente produzida por IA. Tratava-se de uma releitura da pintura Moça Com Brinco de Pérola, de Johannes Vermeer, datada de 1665. Em defesa contra as críticas que recebeu da comunidade artística, a entidade emitiu uma nota alegando que “a arte pode ser feita de diversas maneiras ou técnicas”.

#pracegover: pintura original de Moça Com Brinco de Pérola, com tons de amarelo e azul, e releitura em IA que a deixou com rosto mais semelhante ao de uma mulher real e mudou as cores para tons vivos. Crédito de imagem: reprodução

NO DESIGN 

Em 2023, o Prêmio Jabuti, considerado o mais importante do mercado literário do Brasil, foi alvo de críticas quando colocou entre os finalistas da categoria Ilustração uma obra criada por IA. Frankenstein, clássico de 1818 da inglesa Mary Shelley, foi reeditado com a capa, ilustrações internas e todo o visual gerado por computadores e assinado pelo designer Vicente Pessôa. Depois de uma discussão, a Câmara Brasileira do Livro decidiu que desclassificaria a obra.

#pracegover: Frankenstein, em preto e branco, feito por IA. Crédito de imagem: reprodução

LEIA NA PÁGINA 12 DA EDIÇÃO 237 DO JOCA UMA MANIFESTAÇÃO DE ARTISTAS DA MÚSICA CONTRA O USO DE IA NO REINO UNIDO .

FONTES: PUBLISHNEWS, IGN, EURONEWS, EXAME, FORBES E BBC.

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