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Segundo novos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 26 de fevereiro, a população com curso superior completo no Brasil triplicou desde 2000. Os números, levantados no Censo Demográfico de 2022, mostram que, atualmente, 18,4% das pessoas de 25 anos ou mais no país têm um curso de graduação superior completo. Em 2010, essa taxa era de 11,3%; em 2000, 6,8%. 

Ainda assim, o índice é menor do que 20% do total de pessoas brasileiras da faixa etária em questão: de 133,1 milhões de cidadãos de 25 anos ou mais no país, apenas 24,5 milhões concluíram a faculdade. Em 2000 e 2010, datas dos últimos censos, o mesmo número era de 5,8 milhões e 12,5 milhões, respectivamente. 

A quantidade de pessoas com mais de 25 anos que não concluiu o ensino fundamental também diminuiu. Em 2000, elas representavam 63,2% da população dessa faixa etária; em 2010, caiu para 49,3% e, em 2022, foi de 35,2%. Segundo o instituto, o fato de o acesso à educação superior ser mais difícil na década passada influencia diretamente no número atual, uma vez que pessoas mais velhas que não cursaram faculdade também entram na análise do grupo de 25+ realizada em 2022.

Outros números

População de 25 anos ou mais sem ensino fundamental completo: 35,2%

População de 25 anos ou mais com ensino fundamental completo e ensino médio incompleto: 14% 

População de 25 anos ou mais com ensino médio completo e ensino superior incompleto: 32,3%

População de 25 anos ou mais com ensino superior completo: 18,4%

Os novos dados também apresentam outros importantes recortes: dentre pessoas brancas com mais de 25 anos, 25,8% concluíram algum curso superior. Já entre pessoas pretas da mesma faixa de idade, o percentual é de 11,7%; para pessoas pardas, 12,3%. Para comparação, em 2000, apenas 2,1% de pessoas pretas de mais de 25 anos possuíam curso superior completo, índice que revela a desigualdade social e racial presente no país. 

Já entre homens e mulheres, 20,7% das mulheres com 25 anos ou mais têm um curso superior completo; entre os homens da mesma faixa, o número é de 15,8%. 

Diferenças regionais 

População de 25 anos ou mais com ensino superior completo por região: 

Centro-oeste: 21,8% 

Sudeste: 21%

Sul: 20,2%

Norte: 14,4% 

Nordeste: 13%

Frequência escolar

Desde 2000, a frequência escolar até os 17 anos também aumentou em todos os grupos. Para crianças de zero a 3 anos, a taxa foi de 9,4% para 33,9%; Entre 4 e 5 anos, o índice subiu de 51,4% para 86,7%, já entre 6 e 14 anos, foi de 93,1% a 98,3%. Por fim, entre 15 a 17 anos, o aumento foi de 77,4% para 85,3%.

De forma geral, os números mostraram um aumento no acesso à educação para diferentes faixas etárias.

O que é o censo?

A palavra vem do latim census e quer dizer “recenseamento, lista ou rol das pessoas e dos bens, feito pelo censor”. A pesquisa tem como objetivos saber quantos habitantes existem no país e como eles vivem, a partir de suas características sociais e econômicas. O último censo do IBGE foi divulgado em 2022. 

Fontes: IBGE, Folha de S.Paulo e G1.

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Comentários (1)

  • LEILA CRISTINA DESPINCIERI

    2 meses atrás

    Bom dia, somos alunos(as) do quinto ano A da escola EMEF "Dr João Mendes júnior" em Assis-Sp. Ao lermos essa noticia ficamos contentes em ver que mais pessoas no Brasil estão tendo acesso ao ensino superior. Vimos também que o acesso a educação aumentou de forma considerável em todos os níveis de ensino. Concluímos que gerações passadas tinham mais dificuldade com sua formação educacional por causa de situações sociais e financeiras mais desfavoráveis para as famílias. Ainda temos muito o que melhorar, nossos governantes precisam criar leis e condições melhores para garantir um ensino superior acessível para todos. Atenciosamente. Alunos (as) do quinto ano A. 27/02/2025.

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