#pracegover: Donald Trump e o vice-presidente caminham por tapete vermelho. Os dois usam terno de cor escura. Crédito de imagem: Justin Sullivan/Getty Images

No dia 1º de fevereiro, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (EUA), anunciou que passaria a cobrar tarifas de até 25% sobre produtos importados do México, Canadá e China. Dois dias depois, ele adiou a cobrança do México e Canadá em 30 dias. Mas a tarifa para os chineses entrou em vigor em 4 de fevereiro. 

Na prática, essas taxas são cobradas quando o produto chega ao país e precisa passar pela alfândega. O item só é retirado por quem o comprou (as chamadas empresas importadoras) mediante o pagamento dessas tarifas. Até agora, o México e o Canadá tinham um acordo de livre comércio com os EUA — ou seja, os países compravam e vendiam produtos sem pagar taxas. 

Taxar produtos importados como os EUA estão fazendo se chama protecionismo e não é uma prática nova. Há muito tempo, os países adotam medidas do gênero quando se sentem ameaçados economicamente, ou seja, quando os produtos estrangeiros vendem mais do que os nacionais a ponto de prejudicar a indústria nacional, gerando, por exemplo, menos empregos e renda. “É uma estratégia dos Estados Unidos de perseguir seus interesses”, diz Alexandre Pires, professor de relações internacionais e economia do Ibmec. 

No caso da China, o país oriental contra-atacou e passou a cobrar uma tarifa 10% maior dos produtos importados dos EUA. Essa situação, em que as nações “trocam” aumentos de tarifas, é conhecida como guerra comercial. “Há economistas que defendem o livre comércio e outros que acreditam na proteção do mercado local. Nos dois lados há estudiosos que receberam o prêmio Nobel de Economia”, diz Mauro Rochlin, professor da Fundação Getulio Vargas.

Especialistas afirmam que as guerras comerciais não se restringem aos países envolvidos, já que o comércio internacional é amplo e necessariamente passa pelos EUA e pela China, as duas maiores economias do mundo. “No primeiro governo Trump (2017- 2021), foram criadas barreiras ao aço brasileiro, o que prejudicou as nossas empresas. Essas mesmas medidas fizeram a China aumentar as barreiras aos Estados Unidos, o que subiu o preço da soja, favorecendo o Brasil, que é um grande exportador do grão”, lembra o professor.

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