Mutação foi encontrada pela primeira vez em outubro de 2020
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou, em 18 de janeiro, o primeiro caso de reinfecção do novo coronavírus de uma pessoa infectada pela variante sul-africana. Essa variante, chamada cepa E484K, foi identificada pela primeira vez em outubro de 2020 na África do Sul, mas no mesmo mês também foi encontrada no Brasil.
A paciente infectada foi uma profissional da área da saúde de 45 anos que vive em Salvador, na Bahia. Ela contraiu o vírus pela primeira vez em 20 de maio e, após cerca de cinco meses, voltou a testar positivo para a covid-19 — desta vez, com sintomas um pouco mais severos. Em nenhuma das ocasiões, entretanto, a paciente teve um quadro grave.
Estudos indicam que em maio ela foi infectada pela primeira variante e em outubro, pela encontrada na África do Sul.
Agora, cientistas estão pesquisando o que a nova mutação pode influenciar nos estudos sobre as vacinas para a covid-19 e a criação de anticorpos (moléculas que, após entrar em contato com o vírus, são capazes de defender o organismo caso a pessoa tenha contato com ele novamente).
O que é a mutação de um vírus?
Mutações surgem durante o processo de reprodução do vírus, em que ele está fazendo cópias de si mesmo. Em uma dessas cópias, o vírus pode cometer um erro em seu genoma (partes que o formam). Esse erro vai se replicar nas próximas cópias, fazendo com que se transforme em algo diferente. É como se, ao fazer a cópia de uma folha de papel, você borrasse a folha e, então, fizessem cópias do papel borrado (e não do original).
Trata-se de um processo natural — diversas mutações do novo coronavírus já foram encontradas desde que a pandemia começou. Clique aqui para relembrar outra mutação do novo coronavírus, identificada na Espanha.
Fontes: Estado de Minas, Jornal de Brasília, Revista Galileu e UOL.
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