A personagem Erica ajuda a pensar sobre aquilo que deixamos bem guardado, como alguns sentimentos
Dezembro de 2020 chegou e, depois de meses de pandemia, nada melhor do que tirar um tempo para pensar sobre o que estamos sentindo agora. E também sobre aquilo que ficou bem guardado dentro de nós. Neste Conto de Carlotas, a personagem Erica dá uma força nessa reflexão.
Por Carla Douglass
Sabe quando a gente esconde alguma coisa bem escondida para ninguém achar, mas na hora de procurar não lembra onde escondeu? A Erica fez isso com seu coração.
Depois que o amor dela foi embora sem dizer tchau, a Erica decidiu que não queria mostrar o coração para mais ninguém. Guardou-o em alguma gaveta, dentro de alguma caixa, que nem ela sabe onde colocou. Hoje, Erica tem um furo no peito que às vezes coça, às vezes faz cócegas, às vezes dói, às vezes a faz sorrir.
Ela é o tipo de pessoa que sempre está procurando alguma coisa. Esses dias mesmo, estava doida procurando pelo seu par de chinelos. Jonas, o passarinho de estimação de Erica, aproveita que ela é avoada e esconde tudo para ela não achar. Ele se diverte ao vê-la procurando as coisas e, na maioria das vezes, já nem saber mais o que estava procurando.
O coração de Erica segue guardado na caixinha. Mas, ao menos agora, ela sabe onde ele está. Na semana passada, ao procurar por sua blusa preferida – que provavelmente foi escondida pelo malandro do Jonas – ela abriu uma gaveta antiga e emperrada e lá encontrou a caixa dourada. Decidiu, então, dali tirar e a colocou sob a cabeceira da cama. Esse foi o primeiro passo. Quem sabe um dia ela abra a caixa e mostre seu coração outra vez…
Para conhecer outros personagens que ilustram diálogos importantes, visite carlotas.org.
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