Assisti a vídeos no YouTube que me deixaram com medo. Agora já parei de ver essas coisas, mas mesmo assim continuo com medo. O que eu devo fazer? Antônio A., 10 anos

Respostas de alunos da Escola Terra Mater, 5º e 6º ano – São Bernardo do Campo (SP)

Já tive medo de filmes, série etc. Falei com a minha tia, que é psicóloga, e ela me disse para fazer um círculo de papel e nele escrever o que me protege e me deixa feliz. Por exemplo: família, amigos… Pendurei o círculo na porta do meu quarto e, toda vez que sentia medo, olhava para ele e lembrava que tenho meus amigos e família. Depois que você pega o costume de fazer isso, o medo vai sumindo. Lorena P., 9 anos

Pense em coisas boas e que aquilo não existe. Também pense nos seus
pais, que te amam, e, se precisar, conte a eles sobre o medo. Diego S., 11 anos

Acho que você deve se distrair e procurar coisas novas para fazer, como cozinhar com os seus pais, assistir a um filme com a família etc. Antonia F., 11 anos

Já passei por isso aos 8 anos. Ao ver um vídeo assim, fiquei apavorado e algumas noites sem dormir. O primeiro passo é superar esse medo e depois encará-lo de frente. Pedro B., 11 anos

A especialista
Oi, Antônio! Isso tem acontecido com muitas pessoas da sua faixa etária. Vocês acabam tendo acesso a conteúdos que não são adequados e depois as imagens ficam voltando à cabeça e fazendo você sentir medo, não é? Em primeiro lugar, converse com algum adulto que possa te ajudar a entender o tipo de conteúdo que te deu medo e sentir menos medo. Em segundo lugar, quando esses pensamentos vierem, procure se distrair, como uma pessoa que muda de canal, sabe? Não fique brigando com os pensamentos porque daí eles não vão embora mesmo. Vá fazer algo de que você gosta, conversar com alguém sobre coisas legais e, aos poucos, esse medo vai passar. Boa sorte!
Natércia M. Tiba Machado – psicóloga clínica, psicoterapeuta de casal e família. Tel.: (11) 99938-0207

A próxima pergunta…
Estou com muito medo de pegar o novo coronavírus. O que posso fazer para me acalmar? Lara H., 7 anos

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 148 do jornal Joca.

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