Febre entre crianças do mundo inteiro, o slime chegou para ficar. A geleca maleável, com cores e texturas diferentes, é frequentemente vista nas mãos de jovens de diversos países e se tornou um fenômeno da internet — no Brasil, por exemplo, a massinha entrou para a lista dos assuntos mais procurados do Google em 2018. Hoje, é possível encontrar muitos vídeos sobre slime no YouTube e até eventos totalmente dedicados ao tema, como a Slime Bash, a maior convenção de slimes do mundo. Com edições periódicas realizadas nos Estados Unidos, a feira tem participantes de todo o planeta e reúne diversas atrações relacionadas à massinha.

A brasileira Donatella M., de 10 anos, compareceu ao Slime Bash Chicago, ocorrido entre os dias 30 e 31 de março. Em entrevista à Maria Flor G., de 9 anos, ela contou como foi a experiência:

O que aconteceu no Slime Bash? Havia slimes para brincar em todos os lugares?
Conheci os meus slimers [youtubers que fazem vídeos de slime] preferidos e toquei nos melhores slimes do mundo! Em todos os lugares tinha slime!

Do que você mais gostou do festival? E do que menos gostou?
O que eu mais gostei foi de conhecer e conversar com os melhores slimers e fazer um slime com meu pai. O que eu menos gostei foi da localização. Era muito longe e no meio do nada. Além disso, quase não tinha comida!

Por que você gosta de slimes? Qual é o seu tipo preferido?
Eu comecei a gostar por causa dos barulhos, que são gostosos e relaxantes. Meus tipos preferidos são cloud e thick.

Cuidados com a saúde
Para evitar que os ingredientes utilizados para produzir slimes afetem a saúde da criança, o doutor Carlos Mello da Silva, presidente do Departamento Científico de Toxicologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, recomenda que os pais ou responsáveis não permitam que os menores fabriquem ou manuseiem massinhas que contenham substâncias químicas em concentrações desconhecidas. “A manipulação por crianças de produtos químicos, como água oxigenada e ácido bórico, é extremamente perigosa e traz risco de intoxicação, que pode ser grave, dependendo da dose e da concentração encontrada no produto utilizado”, explica. Para criar um slime que não faça mal à saúde, você pode usar ingredientes que não sejam nocivos, como farinha de trigo, sal, óleo e corante alimentício.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 131 do jornal Joca.